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Miguel Correia vive com a música desde os 6 anos de idade e afirma que “o trabalho vem sempre antes do sucesso, exceto no dicionário”

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Ao longo da sua jornada pelo mundo da música, refere ter sido sempre “autodidata”, além de ter pertencido a bandas de garagem na sua adolescência. Miguel Correia participou no The Voice Portugal onde, numa prova cega, cantou a música “Braços da Minha Mãe” de Pedro Abrunhosa apresentação que hoje, conta com mais de 10 milhões de visualizações no Youtube.

O EMISSOR convidou o Miguel Correia para uma entrevista a fim de conhecer o seu percurso e perceber em que formatos trabalha para alcançar os próprios objetivos na área da música.

EMISSOR: Como surgiu o gosto pela música?

Miguel Correia (MC): O gosto pela música foi despertado pelo meu pai, que me ofereceu um teclado aos 6 anos, como prenda de aniversário, que me apressei a explorar, começando a tocar músicas que ouvia nos genéricos de séries de tv ou publicidade.

EMISSOR: Quando e como começou o seu percurso na área da música?

MC: Comecei por ter aulas de música, entre os 6 e os 8 anos, de resto sempre fui autodidata. Posteriormente, já na adolescência, surgem as bandas de garagem com amigos, o interesse por outros instrumentos, a descoberta da bateria, da guitarra, hoje toco um pouco de tudo.

 

Miguel Correia – Direitos Reservados

 

EMISSOR: Existem outras atividades que realiza a par da vertente da música?

MC: Sou locutor de rádio há 18 anos, faço animação e apresentação de eventos, voz offspeaking, spots publicitários, sou compositor e intérprete.

EMISSOR: Durante o seu percurso, onde estudou e quais as experiências que mais o ensinaram de forma a chegar onde se encontra hoje?

MC: Penso que a música é partilha. Desde logo, quando se partilha uma arte, a aprendizagem nunca acaba, estamos sempre a beber o que de melhor têm os mais experientes e tentar partilhar o pouco que vamos conhecendo também. O trabalho vem sempre antes do sucesso, exceto no dicionário. 🙂

EMISSOR: Enquanto locutor e músico, em qual das duas profissões que lhe dá mais gosto de trabalhar? Quais as maiores diferenças entre elas e o que mais gosta em cada profissão?

MC: São duas áreas distintas, ligadas, mas distintas. Como locutor, além de trabalhar diariamente com música, também trabalho com pessoas. Contacto com o público. À semelhança do que acontece também em palco, a diferença é que na rádio não nos conseguimos ver. É difícil, se não impossível, escolher uma delas em detrimento da outra.

 

Miguel Correia – Direitos Reservados

 

EMISSOR: Considera que a família teve um grande impacto na escolha do seu futuro ou foi o percurso mais individual?

MC: O percurso de um músico é sempre um pouco solitário. Claro que família e amigos estão lá nas alturas das escolhas mais importantes, de repertório, de ensaios, etc. Mas grande parte do tempo de carreira é passado sozinho, ou com músicos e equipa.

EMISSOR: Qual o significado que a música tem para si? E qual a influência que a sua profissão enquanto locutor teve para trabalhar na área musical?

MC: A música é a minha vida, dedico-lhe já mais de metade da minha idade (tenho 40 anos). Creio que enquanto locutor, profissional que usa a voz todos os dias, ganhei grandes trunfos na utilização da mesma. A minha voz amadureceu muito com a rádio, o que obviamente é bom para a música, enquanto cantor.

EMISSOR: Já fez parte de algum grupo musical ou sempre cantou a solo?

MC: Já tive bandas, como todo o adolescente músico, mas a partir do momento em que decidi enveredar pelo caminho do circuito de bares, restaurantes, casamentos, eventos sociais, trabalhar sozinho é mais prático em questões de planeamento de agenda e ensaios.

 

Miguel Correia – Direitos Reservados

 

EMISSOR: Já foi premiado ou objetiva ser premiado na área da música?

MC: Não, mas continuo a tentar 🙂

EMISSOR: Sabemos que já participou no The Voice, como foi essa experiência para si?

MC: Foi uma experiência muito enriquecedora, permitiu ver de perto como se faz um programa de entretenimento do género, conheci pessoas que hoje singram no mercado musical, outras que nem por isso, mas o balanço é sempre positivo, foi uma boa experiência que trouxe também visibilidade, claro. O vídeo da minha prova cega já leva mais de 10M de views (visualizações) no YouTube. É um bom número para um ilustre desconhecido. 🙂

 

“Braços da Minha Mãe” cover Miguel Correia – Direitos Reservados

 

EMISSOR: Recentemente lançou a música “Olha por nós”. Como foi, para si, escrever e cantar este single?

MC: O “Olha por nós” é uma música muito forte, que me custou muito a escrever e compor. Senti cada palavra e cada nota do tema enquanto o gravava. Pensei num amigo em específico que nos deixou, mas de repente dei por mim frente a um tema que cabia em toda e qualquer perda de alguém que nos é querido. Infelizmente, 2020 foi um ano negro a esse nível, também para mim, e certamente para muita gente.

 

“Olha por nós” – Direitos Reservados

 

EMISSOR: Quais são os seus planos para o futuro, quer no âmbito musical, quer enquanto locutor?

MC: Continuo a sonhar, sempre a trabalhar, para fazer a minha arte chegar ao máximo de pessoas e transmitir mensagens positivas, quer através da música que faço, quer na minha maneira de estar em emissão na rádio. Sou eu mesmo nas duas áreas. Sem make-ups! 🙂

EMISSOR: Qual o objetivo que mais deseja cumprir?

MC: Desejo gravar o disco que esta pandemia infelizmente me amputou em 2020, espero saúde, normalidade, para podermos todos levar a cabo os nossos trabalhos, que nos permitem realizar rendimentos para aqueles sonhos que não basta só sonhar, temos que investir para os ver realizados, e 2020 foi um ano péssimo, sem espetáculos, sem perspetivas, sem futuro à vista.

EMISSOR: O que é que o move?

MC: O sonho. O sonho comanda a vida. Quando parar de sonhar, não há razão para fazer nada porque o final é sempre muito longe.

 

Miguel Correia – Direitos Reservados

EMISSOR: O que é que o inspira?

MC: Acho que qualquer artista sente inspiração nos momentos mais inusitados. Já acordei de noite a cantarolar e fui gravar no telemóvel (agora temos essas tecnologias ao nosso serviço) melodias, ou escrever letras. Sou inspirado pela alma. A inspiração surge sem avisar, nasce com a pessoa que cria.

EMISSOR: Qual o conselho que procura deixar àqueles que gostariam de seguir as mesmas áreas profissionais que o Miguel?

MC: Primeiro: Trabalhar! Ser perfeccionista e nunca achar que “está bom assim”. Querer sempre mais, acreditar que é possível e acima de tudo fazer por isso. Com muita garra.

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