O Tribunal da Relação de Guimarães condenou um empresário de Lousada a cinco anos e 10 meses de prisão, que abusou sexualmente de uma menina durante pelo menos cinco anos.
Segundo acórdão de 17 de outubro, os abusos terão começado quando a vítima tinha 8 anos e ocorreram na casa da amante do arguido, que a vítima frequentava, no carro e em provadores de roupa de lojas de centros comerciais.
A vítima é sobrinha de uma mulher, que trabalhava na empresa de construção civil em que o arguido, agora com 75, é presidente do conselho de administração e com quem terá mantido uma relação extraconjugal durante mais de 20 anos.
O tribunal diz que o arguido levou a vítima, por várias vezes, a centros comerciais, onde lhe comprava roupa, e entrava nos provadores das lojas, aproveitando para consumar os abusos.
As funcionárias de uma loja relataram ter detetado “movimentos estranhos, indiciadores de práticas de natureza sexual, no interior de um dos provadores”, verificando depois que deles saiu um homem, “transpirado”, que se dirigiu ao balcão de pagamento com roupa, que pagou, e depois uma jovem, com o “cabelo desgrenhado”.
Na primeira instância, no Tribunal de Braga, o arguido foi condenado a seis anos de prisão por 10 crimes de abuso sexual de criança, três crimes de fotografias ilícitas e um de pornografia de menores. O arguido recorreu para a Relação, que deu como não provado o crime de pornografia de menores e, consequentemente, reduziu a pena em dois meses, fixando-a em cinco anos e 10 meses.