No passado mês de dezembro, mais concretamente entre os dias 13 e 15, decorreu o XXII Congresso do PCP, em Almada, sob o lema Força de Abril, Tomar a iniciativa com os trabalhadores e o povo – Democracia e Socialismo. Este foi um momento de reflexão coletiva sobre a situação nacional e internacional que tanto afeta diariamente os portugueses.
Foi o congresso do partido considerado “patinho feio” da comunicação social e do grande capital que a manieta, pois no PCP não existem fações nem personalidades para levar ao colo como acontece nos demais partidos da nossa democracia. Foi, isso sim, o congresso de um partido cujos militantes são informados e que lutam diariamente por um Portugal melhor.
Neste congresso assistimos a intervenções de intelectuais, de operários das conservas, da indústria e de tantos sectores produtivos nacionais, bem como de dirigentes do PCP, de sindicalistas e até de uma célula de empresa numa multinacional do fast-food! Todos os intervenientes falaram sobre as grandes dificuldades da luta nas empresas e nos seus locais de trabalho, mas provaram que pela luta lá se vai conseguindo algumas vitórias (ver as várias intervenções em https://www.pcp.pt/XXIICongresso).
No caso da região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega, não posso esquecer a intervenção da camarada Cláudia Santos, responsável política da região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega, que fez um relato muito fiel das características da região, quer abordando o fim das portagens nas ex-scut, à reabertura da linha férrea do Tâmega, à valorização dos trabalhadores e das condições de trabalho das indústrias transformadoras de Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Marco de Canaveses, Penafiel e Amarante, sem deixar de abordar a concretização efetiva do acesso à reforma dos trabalhadores das pedreiras de Penafiel e do Marco de Canaveses.
Após o XXII congresso, o PCP saiu mais reforçado e motivado para a luta diária e até para a luta das eleições autárquicas de 2025, procurando chegar a todos os explorados que andam na rua, nos transportes, nas empresas, nos hospitais, nas pedreiras, nas minas e em tantos outros locais… Podemos ser pouco mediáticos para a imprensa ligada ao grande capital, mas desde 1921 que levamos às populações a informação necessária e verdadeira, para que mais pessoas se juntem na construção de uma sociedade avançada.
Bruno Sousa (professor)
Membro da Comissão Concelhia de Penafiel do PCP