Em comunicado enviado às redações, o PSD de Paços de Ferreira manifestou sérias preocupações com os custos financeiros e ambientais associados à Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Arreigada. Em conferência de imprensa, o vereador Alexandre Costa, também candidato à presidência da Câmara Municipal nas próximas eleições autárquicas, afirmou que a gestão do processo pelo atual executivo socialista poderá resultar num aumento de 11% na fatura da água e saneamento a partir de janeiro de 2027.
De acordo com o partido, os custos da empreitada terão subido de 14 para mais de 23 milhões de euros. Embora cerca de 70% do investimento seja financiado por fundos comunitários, o município terá de suportar aproximadamente sete milhões de euros, valor que o PSD considera excessivo para os cofres municipais e injusto para os consumidores.
O PSD recordou ainda que, em 2017, foram aplicados cerca de cinco milhões de euros numa intervenção anterior na mesma infraestrutura, financiada pelo programa comunitário POSEUR, mas que, segundo o partido, não atingiu os objetivos ambientais previstos. O apoio europeu acabou por ser revogado, tendo sido exigida a devolução da verba.
Para Alexandre Costa, esta situação constitui “mais um exemplo de gestão danosa e falta de planeamento do PS”, resultando, segundo afirmou, num “duplo prejuízo para os pacenses: pagar por uma obra mal executada e enfrentar um aumento significativo da fatura da água”.
O vereador desafiou ainda o executivo municipal “a encontrar uma solução que não penalize os munícipes” e defendeu que a Câmara Municipal deve “assumir as suas responsabilidades, sem transferir os custos da má gestão para os consumidores”.