O Partido Social Democrata de Paços de Ferreira votou contra o relatório e contas do ano de 2020, apresentado pelo Partido Socialista na Câmara Municipal. O PSD de Paços de Ferreira considera que as contas estão “desfasadas da realidade, naquele que foi o quarto documento analisado no corrente mandato”.
“Neste relatório de contas, tal como nos anteriores, à medida que vamos folheando, sentimos que estamos a entrar num ‘conto de fadas’, em que tudo está resolvido no nosso concelho e em que problema algum existe”, avança o partido.
O PSD afirma que os habitantes pacenses estão a ser enganados e que a mensagem do presidente de câmara é feita a partir de um ponto de vista eleitoralista e propagante que tenta “dourar” uma realidade que na verdade é um embuste.
Para justificar estas acusações, o PSD de Paços de Ferreira avança como “enganadora” a mensagem relacionada com a diminuição da dívida avançada pelo atual autarca de Paços de Ferreira, evidenciando Paços de Ferreira continua com mais de 51 milhões de euros em Provisões, à qual o PSD acredita que se deveria acrescentar 100 milhões de euros pela “gestão desastrosa do processo de concessão de água e saneamento por parte da maioria socialista”.
O PSD avança, também, que mensagem que o autarca passa não tem rigor, uma vez que “as demonstrações financeiras continuam a revelar um (contínuo) aumento dos custos operacionais desde que o PS está no poder”, acrescentando ainda que IMI continua a aumentar o valor cobrado aos cidadãos.
O partido refere ainda que existe uma falta de “visão estratégica da maioria socialista, que ano após ano apresenta custos correntes muito superiores aos custos de capital, isto é, ao investimento, o que prova que se limita a gerir o dia-a-dia e as expetativas dos “votantes”, pondo de parte o que realmente é importante que é um futuro melhor para a população mesmo que com base em opções tomadas que não deem tantos votos”, explica o PSD.
PSD afirma que o executivo municipal de Paços de Ferreira anda “ao sabor do vento”
Em nota, a Comissão política do PSD avança que o Executivo Municipal viu a Capital do Móvel resistir, no entanto, o partido social democrata explica que esta resiste após o executivo “tudo ter feito para acabar com ela”, evidenciando os apoios escassos dados à Associação Empresarial de Paços de Ferreira, que contribui para a “lamentável situação de dificuldades económicas em que a associação se encontra, nomeadamente na luta diária que os seus dirigentes têm para se manter com a posse do Parque de Exposições”.
O PSD de Paços de Ferreira faz igual referência ao “foguetório” feito pelo PS face aos resultados líquidos positivos, no entanto, avança ter sido de louvar se “a Autarquia tivesse usado o valor dos resultados (que por coincidência é um valor próximo do da moratória do FAM) para apoiar, de forma proactiva e coerente, as empresas do concelho e as pessoas que sofreram com a pandemia”.
Ao contrário daquilo que o PSD propõe, o PS decidiu que “num ano como o de 2020, com brutais perdas de rendimento por parte das nossas empresas e das nossas famílias, a Câmara ainda cobrou mais impostos diretos e indiretos (+ cerca de €750m cobrados)! E, quando não conseguia cobrar, lá passou essa tarefa para a Autoridade Tributária para ainda penalizar mais a nossa população com multas e taxas”, conclui o partido social democrata, em nota.