OpiniãoTransparentes – Não basta dizê-lo, devem mesmo sê-lo!

Transparentes – Não basta dizê-lo, devem mesmo sê-lo!

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Em apenas 5 anos, a Iniciativa Liberal passou de um sonho de um punhado de liberais para um projeto político nacional verdadeiramente alternativo ao socialismo “reinante” em todo o território, em toda a economia e entranhada em toda a sociedade.

Acredito que até os adversários políticos da Iniciativa Liberal reconhecem que tal meteórico crescimento deste jovem partido se deveu à lufada de ar fresco que o a ideologia liberal trouxe para o panorama político nacional, mas também pelo elevado nível de integridade e transparência que norteia os liberais, desde os Núcleos Territoriais até ao grupo parlamentar da Assembleia da República.

Na Iniciativa Liberal não nos movemos pelo populismo nem pelos ataques gratuitos à vida pessoal de qualquer adversário político. O nosso discurso político é assente na ciência e nos factos. Não julgamos as medidas dos adversários políticos pelo soundbyte mediático ou pelas aparências. O caso mais recente e flagrante foi como a Iniciativa Liberal desmontou a retórica do governo sobre o custo dos combustíveis e a margem das gasolineiras, tema para o qual a IL analisou os dados, falou com as partes e concluiu que as margens das gasolineiras não tinham aumentado e o que aparentava ser um abuso destas empresas, afinal deveu-se à desvalorização do Euro em relação ao Dólar. Mais uma vez, o governo quis levantar poeira para justificar a não redução efetiva dos 20 cêntimos por litro de combustível.

Localmente, o posicionamento do Núcleo Territorial da Iniciativa Liberal de Paços de Ferreira não é diferente do nacional. Como força política recente no concelho, procuramos conhecer com detalhe os diversos dossiers municipais, ouvindo as partes interessadas e consultando documentos. Sem este trabalho de análise, a Iniciativa Liberal não tomará medidas levianas e irresponsáveis para julgar qualquer processo ou qualquer pessoa. E quando verificamos que o poder político decidiu bem ou quando não temos dados suficientes para julgar, então calamo-nos ou até mesmo elogiamos a medida ou o adversário. Talvez por isso nos apelidam, por vezes, de “fofinhos” confundidos entre o que é ética política e populismo.

A IL de Paços de Ferreira já tem pedido informações e consulta de documentos à Câmara Municipal para que possamos fazer uma oposição responsável e íntegra sobre diversos dossiers da gestão municipal, nomeadamente o não funcionamento pleno da ETAR da Arreigada, do concurso de aquisição de autocarros, do abate das árvores, gravações da assembleia municipal e todo um conjunto de documentos administrativos, mas sem sucesso. O executivo camarário “faz-se de morto” perante estas solicitações e, mesmo quando a IL de Paços de Ferreira denuncia estas arbitrariedades dos líderes municipais à CADA (Comissão de Acesso a Documentos Administrativos) e esta instituição delibera que a Câmara tem de ceder a informação pública para consulta, a prática tem sido ignorarem ou colocarem alguém a disponibilizar uma quantidade absurda de documentos para consultarmos em pouco tempo, proibindo de fotografarmos ou aplicando o elevadíssimo preçário municipal para requerer fotocópias, ambas as práticas ilegais segundo o CADA.

É uma lenta “venezuelização” do nosso país, onde o poder político dá-se ao luxo de ignorar a lei, a justiça e a democracia.

Noutra forma de se fazer oposição, os membros da Iniciativa Liberal de Paços de Ferreira tinham vindo a interpelar o executivo municipal no início das Assembleias Municipais, através do direito que assiste a qualquer cidadão, sobre diversos dossiers da jornada do município. Por diversas vezes, fomos de imediato atacados pelo presidente da câmara alegando que estávamos a exercer um abuso ao o interpelarmos enquanto representantes de um partido político não eleito, pratica recorrente com outros cidadãos que pode ser assistidos nas assembleias disponíveis online, como que os cidadãos tenham que ser obrigatoriamente apartidários e não possam, de forma transparente, apresentarem-se como membros de um partido político.

Na linha do conluio, a nível nacional, entre o PS e o PSD que acabaram com o debate quinzenal na Assembleia da República, espaço democrático em que os partidos tinham a oportunidade de escrutinar a governação do país, também em Paços de Ferreira existiu um conluio entre estes dois partidos para acabarem com as questões colocadas, presencialmente e em direto, pelo público nas Assembleias Municipais. Agora as questões devem ser colocadas com 24 horas de antecedência e enviadas para a Assembleia Municipal com o argumento que o Executivo terá desta forma mais tempo para preparar as respostas ao público. Quem conhece o ambiente das Assembleias Municipais de Paços de Ferreira, sabe bem, que foi a medida astuta da governação socialista para calar as vozes incómodas que vinham do público e o PSD agradece porque, por vezes, a oposição vinda do pública era mais objetiva e assertiva do que habitualmente é feita pela bancada do PSD.

Em Paços de Ferreira, tal como no resto do país, a política é cada vez mais pastosa e opaca e não adianta acenarem com discursos populistas porque não basta dizerem que são transparentes, devem demonstrar que o são!!

Paulo Gomes

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