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Paulo Ferreira abre espaço à oposição

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O novo presidente da concelhia pacense do partido socialista, Paulo Ferreira, foi eleito no passado dia 8 de outubro contra o seu oponente, António Fernández.

Na região, tomamos conhecimento da existência de apenas uma disputa para estes órgãos partidários entre duas listas antagónicas, e foi em Paços de Ferreira.

Em 2020 com a eleições da presidente Armanda Fernández, atual líder da concelhia ainda em funções, foram eleitos 12 mandatos pela sua lista em disputa com mais duas listas, uma delas a lista que integrou, Paulo Ferreira, elegeu 3 mandatos. Passados 2 anos, no passado dia 8 de outubro, Paulo Ferreira elege 13 mandatos contra os 8 de António Fernandez.

O EMISSOR para perceber se as divisões observadas pelos resultados das últimas eleições estão para ficar, ouviu alguns militantes do partido socialista que declararam haver uma divisão bastante acentuada dentro do partido e que estas divisões foram provocadas fundamentalmente pelo conhecido processo de avocação autárquico, motivado pela maioria dos membros que agora saem vencedoras nestas eleições concelhias.

António Fernandez, questionado pelo EMISSOR sobre o sentimento que tem presente depois de conhecidos os resultados, declara que “Em primeira instância, quero desejar os parabéns ao Dr. Paulo Ferreira pela vitoria nestas eleições e desejar-lhe um bom mandato á frente da concelhia do PS de Paços de Ferreira. Uma palavra de apreço para todos os militantes que exerceram o seu direito de voto, e um acrescido agradecimento a todos aqueles que me acompanharam e acreditaram na minha candidatura. Para as mulheres socialistas, parabéns ás duas candidaturas.”

fer

EMISSOR: Que conclusões retira das últimas eleições, sente que a derrota foi pesada?

Torna-se prática comum, alguns políticos e analistas, construírem argumentos para transformarem um resultado eleitoral menos positivo num estado vitorioso. No meu caso concreto, depois do escrutínio, a minha candidatura teve menos votos que a do meu opositor, como tal, efetivamente perdi as eleições. Isto é democracia. Quem quis transformar estas eleições democráticas numa luta de gladiadores, certamente dirá que fui derrotado. Não que me preocupo com esta caracterização, nem com quem assim pensa, mas rejeito-a totalmente. Estas eleições realizaram-se para a constituição da Comissão Política Concelhia, na qual considero que a minha candidatura ficará dignamente representada. Natural e democraticamente, conseguimos eleger oito membros para esta comissão.

fer

EMISSOR: Está conformado com os resultados que obteve?

Há quem diga “perder nem a feijões…” e eu comungo parcialmente deste dizer popular. Obviamente, se fui a eleições foi para tentar ganhar, mas num contexto pouco favorável, em que a candidatura do meu opositor foi apoiada pelas duas listas vencidas na anterior eleição, e mais um grupo de dissidentes que pertenceram á lista vencedora, sabe-se lá o porquê desta agregação, deixo a averiguação para os mais curiosos, sinto que parte dos objetivos foram conseguidos pela ironia do destino. Os analistas políticos locais e pelo visto são muitos, devem registar, analisar e avaliar estes resultados e tirarem as suas ilações.

Vejamos, fui membro da anterior comissão política e do secretariado. Durante dois anos de mandato, nem o executivo, nem os presidentes de junta, nem um conjunto de militantes, respeitaram e reconheceram a comissão política, legitimamente eleita. Com os mesmos protagonistas em cena, como seria este próximo mandato se eu tivesse vencido as eleições?

Seria um trabalho hercúleo da minha parte, provavelmente com um desfecho semelhante. Consciente das dificuldades, nem este passado recente me fez demover de apresentar uma candidatura apoiada por um expressivo grupo de militantes. Para além de qualquer resultado, ficou bem claro, somos socialistas e estamos vivos.

Hoje tenho uma certeza absoluta, não existirá neste próximo mandato nem avocações, nem petições para a destituição da comissão política.

Não é por acaso que na minha candidatura sempre referi “democratizar” e respeitar, porque fui vítima do contrário. Espero e desejo, que tudo isto seja passado.

fer

EMISSOR: O que espera observar da gestão partidária do seu opositor, acha que terá um trabalho fácil?

Não considero fácil o trabalho para o próximo presidente e desde já informo que estarei disponível para ajudar.

Espero que cumpra as promessas inscritas na candidatura vencedora, uma agregação e união efetiva dos militantes que vá além do discurso político, cumprir os estatutos do partido, considerar e respeitar a representatividade em função dos resultados eleitorais, serão certamente alguns resultados e respostas que aguardaremos.

O sucesso desta comissão política será igualmente o meu sucesso.

O insucesso representará num futuro próximo o início de um caminho irreversível com fortes perdas para o partido socialista.

Apelo a todos os socialistas o bom senso.

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