Perante as dúvidas levantadas pela comunicação social relativamente ao mais recente movimento de magistrados do Ministério Público, a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu hoje um esclarecimento detalhado, procurando clarificar os critérios e fundamentos por detrás das decisões tomadas.
De acordo com a nota oficial, o movimento foi preparado por um grupo de trabalho criado pelo Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), na sequência de uma deliberação datada de 6 de novembro de 2024, conforme divulgado no Boletim Informativo n.º 22/2024 do CSMP.
A principal motivação para esta reorganização prende-se com a “reconhecida e notória falta de recursos humanos” no Ministério Público. Neste contexto, foi conduzido um levantamento exaustivo do volume de serviço nas diferentes procuradorias e departamentos do país, tendo em conta entradas e pendências processuais, bem como as necessidades de representação em tribunal.
A proposta resultante, fruto de várias reuniões e contributos dos Procuradores-Gerais Regionais de Coimbra, Évora, Lisboa e Porto, visa conferir maior autonomia aos Procuradores-Gerais Regionais e aos coordenadores de comarca. Esta descentralização tem como objetivo permitir uma gestão mais ágil e adequada dos recursos humanos, especialmente numa altura em que não está prevista a entrada de novos magistrados durante o ano de 2025.
A Procuradoria sublinha que a medida “não visa um aumento do volume de trabalho” para os magistrados, mas antes uma redistribuição mais equilibrada do serviço, procurando aliviar aqueles que se encontram sobrecarregados. A especialização será mantida para a grande maioria dos magistrados, garantindo-se a continuidade da qualidade e eficácia na intervenção do Ministério Público.
A nota conclui referindo que o Procurador-Geral da República continuará a manter o diálogo com o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, como tem feito sempre que solicitado.
Procuradoria-Geral da República Esclarece Movimento de Magistrados do Ministério Público

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