A Festa do Avante é um evento político-cultural, organizado pelo Partido Comunista Português, que começa na primeira sexta-feira do mês de setembro e tem a duração de três dias.
A sua primeira edição realizou-se no longínquo ano de 1976, na FIL, em Lisboa. Até 1990 foi passando por vários outros locais, quando nesse ano assentou arraiais na Quinta da Atalaia, na freguesia da Amora, no concelho do Seixal, num terreno junto à baía. Em 2016 deu-se uma expansão do espaço da Festa, com a compra dos terrenos da Quinta do Cabo da Marinha e de momento o espaço conta com cerca de 30 hectares.
A Festa do Avante! é aberta ao público em geral, mediante um título de entrada (“EP – Entrada Permanente”, título de solidariedade) que dá acesso a um vasto programa de âmbito extraordinariamente alargado. Os visitantes, independentemente da sua origem política, podem assistir a concertos de música de vários géneros musicais (incluindo música clássica), em diversos palcos, a atuações de grupos corais, de ranchos folclóricos, a animação de rua, a dança, a peças de teatro, a cinema. Na Festa também se realizam debates políticos, exposições políticas e de artes plásticas, de ciência (incluindo experiências), sem esquecer a gastronomia, o artesanato e os jogos tradicionais. Também há a festa do livro, bem como espaços com atividades e programação própria para crianças. A Festa inclui também um importante programa desportivo com inúmeras modalidades, o que é revelador da grande festa cultural que é promovida pelo PCP.
Para a construção desta enorme festa da liberdade e da solidariedade, todo o trabalho de construção é feito de forma militante. Cada militante e amigo do Partido dedica o seu tempo livre para construir as estruturas da Festa, pintar paredes, montar balcões e as exposições, cuidar dos espaços verdes e assegurar o funcionamento nos dias da Festa, entre tantas outras funções. Esta é uma característica única, pois deixa de existir a fronteira entre quem faz e quem usufrui da Festa, o que vai dar um ambiente muito diferente de qualquer outro, visto que quem construiu algo também acabará por utilizar os espaços que ajudou a construir.
Bruno Sousa