No passado dia 1 de maio comemorou-se o Dia do Trabalhador, em homenagem aos operários que a 1 de maio de 1886, na cidade de Chicago (Estados Unidos da América), lutaram pela jorna de trabalho de 8 horas diárias, vítimas de forte e brutal repressão policial. Imagine-se que que passados 137 anos desta data, ainda se luta pelas 8h diárias de trabalho e apenas na função pública se conseguiu as 7h diárias.
Em Portugal, só após o 25 de Abril de 1974 se comemorou o Dia do Trabalhador, muito graças à luta de comunistas, democratas e do Movimento das Forças Armadas que tinham acabado de derrubar o fascismo.
Desde 1990 assistimos a um decréscimo no número de trabalhadores sindicalizados, a novas formas atípicas de trabalho e a um aumento de sindicatos afetos ao grande capital, cuja função é para destabilizar a consciência de classe dos trabalhadores. Entre as causas que levam a esta redução do número de sindicalizados estão: a promoção do individualismo como forma de progressão na carreira (tão ao gosto do capitalismo); o número de empregos a título individual; as represálias do patronato perante trabalhadores sindicalizados; o papel da comunicação social na mensagem sobre o mundo sindical; entre outras razões.
Em pleno século XXI é importante que os trabalhadores sejam sindicalizados para terem mais força e enfrentar as mutações que o capitalismo coloca aos trabalhadores a nível das condições de trabalho, de vida e de salário. Algumas das razões para que mais trabalhadores sejam sindicalizados são: ter voz ativa nos locais de trabalho e na sociedade; mais força negocial para lutar por melhores condições de trabalho; lutar pela conciliação do trabalho com a vida familiar e pessoal; ter apoio jurídico em caso de conflito com a entidade patronal.
Bruno Sousa (professor)
Membro da Comissão Concelhia de Penafiel do PCP