A tradução macarrónica da espécie “Octopus Vulgaris” poderia ser Polvo Vulgar. Ora, por vulgar pode entender-se algo muito comum, ou então de baixo nível.
Em Paredes, há um polvo que mais do que comum, espalha vulgaridade. O seu “modus operandi” ou forma de atuação, passa por lançar os seus tentáculos, por todo o concelho, o que faz com que em “tudo o que se toque” se sentia uma certa… viscosidade.
É um polvo em tons de rosa, que usa e abusa dos poderes que vai concentrando. Sem qualquer escrúpulo. Para o polvo, os fins justificam os meios.
É um polvo que tenta condicionar tudo e todos e que utiliza meios e fundos públicos para fazer propaganda.
É um polvo que trata as freguesias de forma desigual, que compensa e de que maneira quem o apoia, mas que persegue e castiga quem se lhe opõe. E o mesmo tipo de tratamento dá aos seus funcionários.
É um polvo que se diz defensor dos ideais de abril, mas que não consegue conviver com os seus ideais, sem os subverter.
É um polvo que nas páginas das redes sociais pagas por todos os contribuintes, apaga os comentários que não lhes são favoráveis, mesmo que efetuados com toda a correção. E não hesita em bloquear os seus autores, deixando a sensação de que se pudessem até os mandavam para os “gulags”. Mas nas redes sociais a ação do polvo não se limita às páginas convencionais. Fá-lo também através de perfis mais ou menos falsos, de pessoas mais ou menos falsas, carregado dos maldizentes da praxe arregimentados para o efeito.
Os clubes, agremiações, associações e tudo o que se lhe assemelhe também não escapam aos tentáculos do animal. Primeiro há que semear, colocar as peças nos sítios certos, para depois, quando é necessário instrumentalizar e delas retirar o que se possa em proveito próprio.
Ainda nem sequer estamos em pré-campanha para as próximas eleições autárquicas, mas o que se viu até agora já ultrapassou os limites da decência. As pessoas têm obviamente direito à sua opinião e fazem bem em expressa-la, seja de forma livre e espontânea, interessada ou interesseira, mas que se saiba não estão mandatadas pelos sócios das coletividades em questão para o fazer utilizando o cargo que ocupam, o nome e até a imagem da instituição. E tão culpado é quem se sujeita a fazê-lo como quem aceita que o façam, a troco sabe-se lá do quê.
O polvo perdeu a vergonha!
E eu até gosto muito de polvo, mas é aos pedacinhos e com arroz!