No início de outubro irão decorrer, uma vez mais, as eleições para a presidência do Partido Socialista no concelho de Paços de Ferreira. São eleições democráticas, previstas pelos estatutos do partido, que pretendem fazer sobressair o que melhor este partido pode oferecer aos seus militantes, no nosso concelho e posteriormente, quem sabe, aos nossos conterrâneos. Muito se tem falado no meu nome, Helder Silva, como um possível candidato à presidência da concelhia de Paços de Ferreira do Partido Socialista, facto, que muito me honra.
Não escondo que me aconselhei com diversos socialistas do concelho e que durante várias semanas considerei candidatar-me ao cargo. Pensando no que o partido poderia oferecer aos cidadãos de Paços de Ferreira para melhorar a condições de vida de todos.
Um dos pensamentos que mais de assolou e fez com que tomasse uma decisão, foi a divisão efetiva entre os militantes do partido tendo em conta o que aconteceu num passado recente, temas pouco explicados que gostaria de ver esclarecidos. Considero que qualquer candidato deve tentar reunir consensos e agregar vontades em prol dos cidadãos pacenses, com o objetivo claro e bem definido de alcançar aquilo que se perdeu nas últimas eleições autárquicas, além de votos, um vereador no executivo municipal e deputados na assembleia municipal.
Reconheço que o processo conhecido na nossa comunidade por “avocação” da última equipa eleita por este partido, não ajudou à união dos militantes, e pelo candidato já conhecido, não me parece que a união partidária seja a sua vontade, isto tendo em conta os seus esforços e comportamentos no passado e no presente, promovendo a dita avocação.
No meu entender a união partidária quer dentro da concelhia pacense, quer junto da federação distrital do Porto, nomeadamente com a sua liderança, a quem desde já felicito pela recente nomeação para o cargo de Ministro da Saúde, o Exmo. Dr. Manuel Pizarro, deve ser ponto de honra de qualquer candidato a presidência da nossa concelhia. O Partido Socialista deve manter-se na liderança do Executivo Municipal e Assembleia Municipal, assim como, conquistar todos os executivos das juntas de freguesia nas próximas eleições autárquicas, este deve ser o principal objetivo de qualquer candidatura.
No entanto, há temas que os candidatos que se apresentem a eleições devem querer ver solucionados de uma forma definitiva no futuro, temas que até ao momento não consigo vislumbrar a solução, como por exemplo:
– O caso da concessão da água e saneamento em Paços de Ferreira que continua agora mais agravado do que no passado, no tempo que em que foi assinada a conceção. Neste tema em particular já existe uma decisão condenatória judicial, que condena os cidadãos pacenses ao pagamento milhões de euros por decisões adotadas pelo executivo municipal onde se inclui o candidato que agora se conhece a presidência da concelhia do PS. Assim como, não vislumbro solução para o problema da ETAR na freguesia de Frazão Arreigada que se arrasta no tempo como é do conhecimento da população.
Para ambos os problemas elencados anteriormente, conheci no passado uma solução apresentada, com grandes benéficos para os pacenses, ou seja, alargar-se-ia a concessão no tempo, baixando todos os tarifários inclusive o dos comerciantes. Ao mesmo tempo a resolução dos problemas da ETAR passariam para a responsabilidade da concessionária. Não consigo compreender porque é que esta medida não está implementada, quando já foi anunciada a saída do município do garrote do FAM (Fundo de Apoio Municipal).
Outros problemas que me assolam o raciocínio são, por exemplo, a revisão do PDM e a gestão dos espaços para as zonas industriais, não me agrada verificar a construção de armazéns junto das habitações particulares, aumentando quotas e os pisos de forma desordenada.
Urge ainda terminar com o assistencialismo promovido por este executivo, nomeadamente pelo candidato conhecido atualmente à concelhia, promovendo uma verdadeira ação social.
Enquanto militante desta concelhia do partido socialista, apoio qualquer candidatura que pretenda duplicar o número de militantes no concelho, entendo que é desta forma que podemos alcançar o nosso posicionamento no panorama político deste partido, quer junto da federação distrital do Porto, quer junto do Partido Socialista Nacional.
Não podia terminar o meu raciocínio sem tocar num dos pilartes fundamentais do partido socialista, que não vejo a ser sustentado em Paços de Ferreira, refiro-me ao ambiente, ainda não é conhecido por nenhum munícipe onde é que serão instalados os eventuais parques para os painéis fotovoltaicos no concelho, ou se existe uma política para ambiente. Será que vai acontecer o mesmo que aconteceu ao nosso querido carvalho no jardim municipal.
Além destes motivos que considero estratégicos para a nossa concelhia, será fator de pluralidade quando a população poder escolher o próximo candidato à presidência da camara municipal de Paços de Ferreira, nas primeiras eleições diretas a realizar na concelhia de Paços de Ferreira.
É por todos estes motivos e por saber que os militantes e simpatizantes do concelho pretendem ter voz ativa em momentos decisivos que me reverei numa candidatura que se apresente aos militantes com estes objetivos. Viva a democracia, viva o PS.
Helder Silva