No próximo dia 9 de junho teremos as eleições para o Parlamento Europeu. Irão ser eleitos 24 eurodeputados por Portugal e desde já temos uma certeza: uma parte significativa dos futuros deputados estará ajoelhado, cumprirá sem pestanejar as ordens e desejos do diretório de Bruxelas.
Como sempre, iremos assistir a juras de amor ao povo português, a promessas vãs de trazer mais progresso com os fundos europeus, entre tantos outros devaneios. Sem nunca falar a verdade, pois os fundos europeus que chegam a Portugal acarretam custos para os portugueses que trabalham e não para o grande capital.
Contudo, centremos a atenção na única candidatura que diz a verdade, que alerta os portugueses das consequências e dos riscos relativamente à soberania nacional (quem não se lembra dos alertas sobre as políticas agrícolas da UE para Portugal? Das famosas quotas para o leite e o abate da nossa frota pesqueira?). Foram os comunistas, quais aves agoirentas, que alertaram para o que iria chegar com a capitulação de Portugal à UE.
Assim, dia 9 de junho é importante que a voz dos eurodeputados da CDU saia reforçada para, como disse João Oliveira (1.º candidato da CDU ao Parlamento Europeu) no passado dia 30 de abril e o qual cito: “A força da CDU fez e fará a diferença para recusar a cartilha neoliberal das liberalizações e privatizações, da mercantilização dos serviços públicos, do ataque a direitos sociais e laborais, das políticas orçamentais restritivas, da chantagem para a redução da despesa pública, ainda recentemente caucionada no Parlamento Europeu por PS, PSD e CDS – sempre à custa dos direitos do Povo e em benefício dos interesses do capital. A força da CDU fez e fará a diferença para denunciar e combater a promiscuidade entre as instituições da União Europeia, os grupos económicos e as multinacionais, que determina as decisões e a produção legislativa destas instituições”.
Bruno Sousa (professor)
Membro da Comissão Concelhia de Penafiel do PCP