OpiniãoSEM TETO, SEM ABRIGO

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Quantas vezes nos interrogamos porque dormem pessoas na rua?

Os motivos são vários, desde o desemprego aos problemas familiares passando, muitas vezes, pelas regras que os jovens não querem cumprir em casa.

Desemprego porque, devido ao baixo poder de compra da maioria dos portugueses, basta um membro do agregado familiar ficar desempregado para que a vida de uma família mude por completo. Com a falta de pagamento das prestações da casa, a rua é o destino mais provável.

Após uma relação de anos, com a separação do casal, surgem muitas vezes a insipiência e a frustração de se viver só, com um elevado número de homens a saírem de casa e a se refugiarem nas mais variadas drogas disponíveis no mercado. Uma vez mais, a rua é o destino mais provável.

Nos dias que correm, a maioria dos jovens não gosta – nem aceita – as regras impostas pelos pais, levando-os a saírem de casa sem terem a noção do que vão encontrar pela frente.

Viver na rua sem regras não é um paraíso; é um inferno do qual surge o desleixo humano, os vícios, a impossibilidade de tomar banho. Poucos são aqueles que olham para um sem-abrigo como o ser humano que, de facto, é. Veem, apenas, um indivíduo que não quer trabalhar, que procura conforto no álcool e nuns escassos momentos de prazer, perdendo o rumo de uma vida melhor. Quem é que vai dar uma oportunidade de trabalho a quem está sujo e cheira mal? Quem é que vai acreditar que um toxicodependente quer mudar de vida?

O Estado em pouco ajuda com a sua escassez de abrigos e ocupações. São tantos os edifícios e as casas que a memória abandonou, e são tantas as almas errantes que, por um deslize na vida, ficaram sem morada.

Em 2023, foi aprovada por unanimidade a proposta do PAN para a criação de um programa de formação e emprego concebido, especificamente, para pessoas em situação de sem-abrigo capaz de promover a sua integração profissional bem como programas de financiamento e apoio técnico especializado a empresas e entidades que criem postos de trabalho visando a empregabilidade de pessoas em situação de sem-abrigo.

Quase no final de 2024, a proposta continua na gaveta.

Vitor Parati

Comissário Político na Concelhia de Valongo pelo PAN

Membro da Assembleia Municipal de Valongo pelo PAN

Comissário na Distrital do Porto pelo PAN

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