O PSD Paços de Ferreira votou contra o Orçamento da Câmara Municipal para 2025, afirmando que “após 11 anos de governação socialista”, o que existe atualmente em Paços de Ferreira é “essencialmente, o mesmo que existia em 2013”.
Numa nota de imprensa adereçada ao Jornal EMISSOR, o PSD Paços de Ferreira deixou claro que, apesar das requalificações realizadas serem “necessárias”, que são também “um dever de qualquer gestão municipal e não traduzem uma visão de progresso ou transformação”.
O partido afirma que ainda persistem problemas estruturais, como “a falta de coesão entre áreas urbanas e rurais, a ausência de soluções adequadas para a mobilidade e a estagnação no desenvolvimento económico”.
Outro ponto que foi tocado foi a falta de comunicação com as juntas de freguesia, que não foram “ouvidas” no momento de votar o orçamento, com a ausência de dialogo a mostrar uma “indisponibilidade desta maioria para incluir os contributos e anseios daqueles que estão mais próximos das populações”.
O PSD Paços de Ferreira faz ainda questão de mencionar a falta de apoios para os jovens – um problema decorrente na Capital do Móvel – especialmente tendo em conta que, segundo os últimos censos, “Paços de Ferreira perdeu 18% dos jovens até aos 35 anos, sendo o 7º concelho do distrito do Porto que mais perdeu, nesta facha etária”.
Como tal, o partido chefiado por Alexandre Costa acredita que a situação é “extremamente preocupante”, culpando a atual maioria socialista por falhar “em potenciar instrumentos essenciais e em criar as condições necessárias para atrair e fixar as empresas e população”.
Outro ponto em que o PSD Paços de Ferreira tocou foi o tema sensível da mobilidade, apontando que “nos últimos anos, a rede viária não sofreu qualquer desenvolvimento de referência”.
“Temos hoje as mesmas vias que tínhamos em 2013, quer a nível interno, quer nas ligações ao exterior. Com cerca de 80% da mobilidade da população a ser interna, a ausência de uma rede de transportes públicos eficiente agrava ainda mais este problema, limitando a qualidade de vida dos cidadãos. Além disso, pouco foi feito no que respeita à mobilidade suave, ignorando por completo a necessidade de criar infraestruturas que promovam modos de transporte sustentáveis”, pode se ler no comunicado.
Depois de listar várias áreas em que o PSD Paços de Ferreira acredita que o ciclo de governação falhou ao longo dos últimos mandatos – como a falta de resolução do problema da ETAR de Arreigada, a falta de nova habitação social, a falta de investimento em Freamunde e a falta de acolhimento empresarial – o partido acaba o comunicado afirmando que o orçamento para 2025 é “mais uma repetição deste ciclo”.
“Um orçamento de continuidade, repleto de promessas não cumpridas e projetos adiados. Apesar dos recursos financeiros sem precedentes, este executivo não foi capaz de resolver os problemas estruturais do concelho, perpetuando um modelo de governação limitado e desajustado às necessidades atuais”, concluí o documento, assinado pelos vereadores do PSD.
“O PSD de Paços de Ferreira reafirma a sua oposição a este orçamento. Paços de Ferreira precisa de inovação e progresso, algo que esta governação socialista não conseguiu proporcionar ao longo dos últimos 11 anos”.