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Chega! em Paços de Ferreira: “Há candidatos, há programa eleitoral e não é a ‘dizer mal’, há soluções”, avança Carlos Dias

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Com o intuito de desconstruir ideias pré construídas sobre o partido, Carlos Dias esclarece os ataques feitos relativos ao racismo e xenofobia, expondo várias situações que o “Chega!” quer ver resolvidas não só no concelho como também no país.


 

EMISSOR: Qual é a ideologia que o Chega defende? No caso, o “Chega!” em Paços de Ferreira e na sua pessoa?

Carlos Dias: Na minha pessoa é exatamente igual à mesma pessoa do Dr. André Ventura e a qualquer outro dirigente no partido e militante, pesa embora que alguns militantes não entendam, mas efetivamente é toda igual.

O Chega divide-se em dois pontos que difere de todos os outros. Na parte social somos muito humanistas, vivemos em centro do humanismo e na parte económica muito no liberalismo. Portanto aqui a diferença que existe em partidos que existem por aí mais reconhecidos, é que nós ao sermos humanistas nós vivemos com a pessoa, a pessoa e o homem é que nos prevalece. As ideias dele, a forma de estar e por aí fora… Na parte económica privilegiamos completamente o setor privado, o setor privado é que é a máquina económica que consegue dar a sobrevivência.

A diferença é esta. Portanto socialismos, toda a esquerda, todo o espectro que neste momento vigora na gestão política do pais e mesmo local, baseia-se precisamente no contrário. Não é na pessoa, é sim no setor “Estado”, no núcleo do Estado em que todas as pessoas à volta servem o Estado e aproveitam-se do Estado. Ou seja, de forma ativa ou passiva têm que estar interligadas com o Estado.

Isto asfixia a economia. Isto torna-se uma gestão fascista, ao contrário do que chamam ao “Chega!”. Concentra-se como Mussolini num cérebro que é Estado, tudo o resto só serve e é servido. Portanto o “Chega!” é tudo o contrário.

Há um partido que efetivamente é de 1980 comparou-se e pode-se comparar ao “Chega!”, quando estava Francisco Sá Carneiro, esse sim usava e expunha o caracter humanista em cima de qualquer prioridade e sempre também com o caracter económico na forma liberal.

 

EMISSOR: No que diz respeito à xenofobia, ao racismo e mesmo às acusações que têm feito ao “Chega!”. São essas as maiores dificuldades que o “Chega!” enfrenta neste momento?

Carlos Dias: Eu costumo dizer que não sou desse tempo. Eu nasço no ano em que Francisco Sá Carneiro morre, mas perante aquilo que leio, perante aquilo que vejo, perante cada vez mais eu mexo “na coisa que cheira mal, mais mal me cheira”, porquê? Isto tem tudo um início para chegar lá. Isto começa com o Marxismo há muitos seculos atrás, em que existia a burguesia e o proletariado. Começamos com pessoas que são potencialmente muito fortes e pessoas que são umas desgraçadas, que estavam ali em subjugação. Até nem digo que possa ter estado mal, o que é certo é que, com a evolução dos anos, a parte do proletariado começou a passar à estrutura média financeira, ou seja, à classe média.

Neste momento, o Marxismo, o Comunismo e toda a esquerda ficaram em pantanas. Então Marx percebe que ali estava a ser fragmentada toda a força da esquerda. Então, qual é a estratégia, foi ele que a montou… Vamos atacar mentalidades: escolas, universidades, comunicação social e afins. Cultura, arte, vamos atacar. É isso que temos que atacar. Mudar todo o paradigma da mentalidade. Pronto. E assim foi. Desde então, até agora, tudo naturalmente foi mudando. Equiparando ao proletariado e à burguesia, é fácil, a burguesia era o opressor, o proletariado era o oprimido. Hoje em dia, usando a cultura, o homem branco é o opressor, o homem negro, a minoria, é o oprimido. Vamos buscar os heterossexuais, são opressores, os homossexuais, são a minoria, são oprimidos. Vamos buscar a mulher, a mulher é minoria pela ideia que tem, e o homem é o opressor. O que é mais é o opressor e o que é menos é o oprimido.

Neste contexto, a esquerda é a única forma que teve de conseguir adulterar estas coisas, foi desta forma. Uma vez que no que diz respeito à classe média, não podemos ir por ali, confronto físico também já não valia a pena, porque já não estamos no tempo dele, vamos atacar mentalidades. E é isto que acontece hoje em dia nas ideologias de géneros, nestas desfragmentações de ideologias no que diz respeito às estruturas familiares e imensas coisas que tudo parte deste princípio.

Outra coisa muito importante, o racismo tem uma curiosidade muito grande. Nós somos contra tudo aquilo que é o racismo. É que no nosso programa está lá claro, é tudo contra o racismo. O racismo é provocado nos dias que correm hoje.

 

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Eu vou tentar explicar o racismo da forma como ele é desenvolvido, relacioná-lo com coisas que se passam no nosso concelho que é o que importa. O racismo tanto pode ser positivo como negativo. O negativo toda a gente percebe qual é o racismo negativo: é chamar, é ofender, é insultar… não quer dizer que não existam casos pontuais. O “Chega!” penaliza e combate esse tipo de atitudes. São casos isolados, mas casos isolados não determina que nós todos, em Portugal, somos racistas. São casos isolados: como matar é um caso isolado, eu trabalho na área da justiça… como é roubar é um ato isolado, mas a pessoa não pode por si só, ser um assassino toda a vida. Ou todo o conjunto da família ser um assassino. Aquele é um ato isolado. Ele é penalizado como tal.

O racismo positivo é o que acusam que nós somos, mas quem o acusa é que o é. Simples, por si só, isolar, e a constituição da república permite isto. Isolar ou diferenciar alguma classe, e vamos ser pragmáticos, quando se diz racismo, diz-se raça negra e diz-se os ciganos. Aqui, se calhar, no nosso concelho, é mais os ciganos. Que está aos olhos vistos de quem passa ali, na Via do Poder Local, e que parece que pelos vistos se fecha os olhos… Isso é que é racismo.

Aquilo que está ali. O afastamento de uma minoria, colocada à parte da sociedade, a forma de lhes dar coisas que não nos é dada a nós… Porque repare, eu tenho um quintal em casa, eu tenho que encher um depósito. Chamo os bombeiros para me vir encher o depósito da água, eu pago. Então porque é que temos que manter as pessoas daquela forma, a mandar os bombeiros lá ir meter água e não pagam. A mandar lá ir dar coisas e eles não pagam. Ou seja, isto cria-se. Isto é que é racismo. Tudo o resto então é que não é racismo.

Isto é uma forma de enganar as pessoas. O “Chega!” não admite nada disto, o “Chega!” admite sim senhor, muito bem, que eles para serem como nós, têm que coabitar como nós. Temos bairros sociais em Paços de Ferreira, não temos que chegue? Que façam mais, mas não é com o dinheiro do Estado. Essas pessoas têm que ter lugar na sociedade, em bairros sociais, que são obrigados a cumprir, pagar luz; a trabalhar, ou não trabalhando, ter apoios sociais que são os estritamente necessários; a cumprir com regras de higiene, de saúde, escolares. Não é nada daquilo. Aquilo que se passa ali é, claramente, racismo.

Mas qual o porquê de nos quererem chamar racistas? Porque é a única forma, e esta é a prova que agora, recentemente, querem legalizar o “Chega!”, de usar a manipulação para nos conseguirem inviabilizar. É o único ponto que querem dizer que somos racistas e incutir isto, na mentalidade de quem gere o mundo e de quem gere o país, dizendo que somos racistas.

Não consigo perceber, quando nós até na estrutura temos pessoas de vários tipos de raças. É o que menos nos preocupa. O que mais nos preocupa é a pessoa, não é a raça dela. Se ela está bem, se não está bem e o que é que ela tem na vida. É um bocado desmitificar as coisas. Quando nos chamam racistas está aí uma prova de quem é o racista.

 

EMISSOR: O que é que diferencia o “Chega!” da restante direita?

Carlos Dias: Gostei da pergunta “da restante direita”, porque normalmente a pergunta é “da extrema direita”, coisa onde também não me enquadro. Aqui há uma diferença substancial. Temos um CDS desaparecido, desde que Paulo Portas tomos conta daquilo, e temos um PSD que desapareceu após Pedro Passos Coelho sair. Portanto, e desaparece porquê? Porque fica agarrado, e ficam agarrados… A discussão deles é a economia, muito bem, porque a economia está sufocada. Só que são dois partidos que não estão a perceber nada do porquê da economia estar em decadência. Aí está a diferença que eu disse à bocadinho. Nós tocamos na ferida. Nós já dissemos à esquerda toda, e ao socialismo, que sabemos em que ponto está a batalha e em que sitio está a batalha no espectro político.

Porque nós mostramos já, e nós entendemos, que eles só estão a controlar o país derivado à doutrina que a fazem nas escolas e na arte e cultura. O tal Marxismo cultural, que as pessoas não estão a perceber nada disto. Já se levanta de ânimo leve a retirada de monumentos e eles ainda dizem, que nós entendemos que isso é racismo, porque queremos vingar do que é colonialismo. Nós não queremos nada de colonialismo. Espera lá, ou somos xenófobos, ou não somos. Expliquem. Eles contradizem-se.

Aquilo que nós queremos é o humanismo e a nossa cultura grego-romana-cristã, que seja respeitada. Nós temos que saber aquilo que somos, para sabermos aquilo que vamos ser. Seguirmos uma forma de ser perante aquilo que nós fomos. Obviamente se nós nos esquecermos que houve o colonialismo, se calhar vamos praticá-lo, mas não, nós sabemos, é errado, não vamos repetir, mas não vão apagar a história. Porque se não caímos no errado de voltar a ser.

 

EMISSOR: O que é que o “Chega!” se propõe a mudar em Paços de Ferreira?

Carlos Dias: Tudo o que a Comissão Política do “Chega!” de Paços de Ferreira diz “mal”, tem solução. A ganância de ter tudo em volta do Estado, acabou-se o contrato com uma empresa privada do lixo, olha-se para a situação do lixo, e passa-se a vida nas redes sociais. Os líderes do concelho, seja ele Presidente da Câmara, assessores, ou até Presidentes de Junta, acusam a população que não têm o dever de cidadania. Eu pergunto: São os mesmos que votaram neles? E acusam-nos que eles agora não são cumpridores de regras? Fico um bocado estranho. Acabaram com o setor privado, meteram-se a tomar conta do lixo? Não têm capacidade… Só que a ideologia é tão forte que não vale a pena.

Outra questão muito importante é a AGS e a Água, que toda a vida acusaram o partido que meteu a AGS, não os defendo, porque conforme eu tenho vindo a ver o contrato, se calhar não foi a melhor forma de fazer o contrato. Foi um contrato muito perigoso para o bem-estar das pessoas. Foi muito perigoso. Passou os limites do nível “aceitável”. Passou para níveis muitos elevados no que diz respeito aquilo que ia ser a concessão para darmos condições às pessoas de poderem usufruir da água que é um bem essencial, vejo a ganância louca de um Partido Socialista que neste momento, e em momentos anteriores, conseguiu derrubar o PSD com razão ou sem razão. Mas agora a razão vai-nos mostrar quem tem mais razão.

Porque andou a encobrir, andou a enganar e agora bate-nos à porta uma dívida de milhões. E eu vou ver como é que eles se vão descoser.

 

EMISSOR: O “Chega!” já tem candidatos para todas as freguesias do concelho?

Carlos Dias: Faltam algumas a ajustar a reta final. Temos para a Câmara, temos para a assembleia e temos para as grandes freguesias e para outras pequeninas papeis já assinados. Quando falo que temos é quando eu tenho papéis. Porque se calhar temos em conversa, mas não temos em papéis.

Isto é um bocado difícil porque as pessoas têm medo, em pleno século XXI, dizem “eu gosto das vossas ideias, às vezes há uma coisa ou outra que não cai bem” e eu peço-lhes sempre “vejam a televisão de costas viradas”, não vejam porque senão são enganadas. E há outras que dizem “não posso dar a cara” porquê? Porque o irmão trabalha na Câmara, porque o tio tem um negócio com a Câmara, a ideologia. Vejam quem é que é o fascista. Reparem bem quem é o fascista nisto. Tudo em volta da Câmara, tudo o que gere, vai tudo em volta da Câmara.

Isso é o contrário que o “Chega!” quer. As pessoas têm que ser livres. Não têm que andar amordaçadas a nada, em pleno século XXI. Até me choca, andar por aí a conversar com as pessoas e ver isto.

 

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EMISSOR: Qual é o posicionamento do “Chega!” face à CIM Tâmega e Sousa e Área Metropolitana do Porto? Qual a preferível e quais os benefícios?

Carlos Dias: Faz todo sentido fazer parte da Área Metropolitana do Porto. Ainda há pouco falamos da economia liberal, tornamo-nos uma área metropolitana diretamente do Porto, obviamente vamos à capital distrito e temos uma rapidez, uma fluidez de várias coisas: seja de turismo, seja economia, seja o que for. Tudo menos comboio. Não enganem as pessoas.

Quando me falam de comboio e em fazermos parte da Área Metropolitana do Porto eu pergunto: “Temos rede de mobilidade em Paços de Ferreira internamente?”. Eu tenho um autocarro para ir a Ferreira ou a Freamunde à hora que eu quero mal saia do gabinete? Eu se não tiver carro não vou a lado nenhum. Fico ali à porta, ou mando vir um táxi. Portanto, está-se a pensar em coisas, sem se pensar aqui.

Se temos Paredes que pertence, nós deveríamos pertencer, porque temos exatamente o mesmo movimento económico que Paredes ou mais. Talvez, aqui no Vale do Sousa existem cidades que podiam perfeitamente pertencer à Área Metropolitana do Porto por várias questões, sejam elas culturais, financeiras, económicas, sociais, ao nível de trabalho… temos uma ligação muito direta à capital do distrito. Portanto, obviamente arrisco-me a dizer mesmo, porque é um assunto que não é debatido a esse pormenor, mas toda a nossa ideologia, sim. Temos que estar ligados à Área Metropolitana do Porto como é óbvio.

Mas antes de sonhar com isso, temos que fazer o trabalho de casa. Não temos o comboio, não temos outras questões, porque se calhar não fizemos o “trabalho de casa”. Não temos uma rede de mobilidade interna, não temos apoio absolutamente a nada. Eu se quiser chamar o Uber aqui à porta, a própria Câmara não apoia iniciativas para jovens com e sem trabalho. É preferível estar a dar-lhe rendimentos do que estar a iniciar empresas para criar redes de Uber ou estas coisas de transportes económicos. Nem isso tem em Paços de Ferreira. Chegou o fast food a casa e a comida de entrega take away. Já não é mau, mas podíamos ir mais além.

 

EMISSOR: O “Chega!” pretende que Paços de Ferreira faça parte da Área Metropolitana do Porto de forma a beneficiar os utentes no sentido de terem acesso a um passe com um valor menor e acesso a outros tipos de transporte incluídos?

Carlos Dias: Sim, com a construção de uma rede de mobilidade interna. Só aí é que pode garantir que alguém irá chamar o concelho para pertencer à Área Metropolitana do Porto. Porque, repare uma coisa, Paços de Ferreira pertence neste momento à Área Metropolitana, e depois? As pessoas andam como? No carro delas? Mas que lindo. Andamos a trabalhar para trofeus? Ou andamos a trabalhar para aquilo que é a pessoa?

Em Paços de Ferreira isto não existe porque todas as pessoas querem que seja o Estado, a Câmara a ter os autocarros… nem que estejam podres, a cair. Mas quer os autocarros, quer ter os empregados… lá está, mais votos, controlo social, todo o primo, do primo, do primo está agarrado à Câmara e os votos continuam a ser para o mesmo.

É isto que a nossa filosofia não permite.

 

EMISSOR: Tendo em conta o estado atual do concelho de Paços de Ferreira, a todos os níveis, revê-se em alguma medida tomada pelo executivo?

Carlos Dias: Eu vejo algumas medidas erradas. Eu venho da área do desporto, sou daquelas pessoas que sempre esteve no futebol, joguei no Paços de Ferreira, joguei no Carvalhosa e ainda fui fazer uma pré-época ao Freamunde, na 2ª divisão, não fiquei e fui jogar para o Carvalhosa porque tinha amigos e continuei a jogar futebol.

Depois, como toda a gente me conhece, fui árbitro durante 20 anos, até há pouco tempo. Eu sou um defensor do futebol, não sou é cego nem completamente quadrado no futebol.

Relativamente à gestão que tem vindo a ser realizada: campos de futebol sintéticos. Eu fui sempre dos que defendi, porque eu ia num sábado fazer um jogo do Benfica e de manhã estava a fazer aqui, em camadas jovens, no Carvalhosa e Figueiró. E aquilo que mais me custava, e sempre me custou, era ver as condições medíocres que Paços de Ferreira tinha para os jovens, nomeadamente. E isso quer queiram, quer não, há um decréscimo de vontade dos jovens de quererem ir para o futebol.

Não estou contra os campos de futebol, aliás já devia ter sido há mais tempo. O que eu estou contra é uma coisa que as pessoas ainda não perceberam. É de onde é que uma Câmara, que está endividada até à ponta da cabeça, consegue ir buscar o dinheiro para fazer os ditos campos de futebol.

Este dinheiro foi retirado de dinheiros que foram pedidos para não se pagarem com a dívida que nós temos de cerca de 37 Milhões, pela FAM (Fundo de Apoio Municipal), controlarmo-nos. Houve um período de um ano que não se pagou, devido à pandemia, com a justificação de que esses dinheiros eram para apoiar as famílias, eram para apoiar os negócios e eram para apoiar quem precisava. Viu-se. Apoios zero, o único apoio que eu vi foi os parquímetros fechados, que nunca deviam ter existido da forma como foram. Com ajustes diretos na Madeira, que nem se sabe onde é que é a empresa… isso para mim… e é aluguer. Cada um daqueles parquímetros tem que faturar, é quase como uma obrigação de, por exemplo, andar à caça da multa e não a atitudes preventivas. Eu sei do que falo. Eu sei das coisas.

Mas voltando aos campos de futebol eu não estou em desacordo. Estou em desacordo com os dinheiros que deveriam de ser apostados naquilo que realmente era necessário, como as empresas que fecharam, algumas estão a fechar, as dívidas que as pessoas criaram e que estão a ter problemas gravíssimos… e as ajudas foram zero! Mas então esses dinheiros que foram investidos no campo de futebol, deviam de ser para isso. Foi para isso que foi proposto o congelamento de pagamento das prestações.

O que me parece é que, cada vez mais, através da gestão que a Câmara faz, as pessoas acham que aquilo “é um poço sem fundo”. Vai-se fazendo e depois, quando correr mal, alguém há de pagar.

 

EMISSOR: Quer deixar alguma mensagem em nome do “Chega!”?

Carlos Dias: Aquilo que eu apelo às pessoas é que tenham calma, o “Chega!” vai-se apresentar.

Uma coisa que eu posso adiantar às pessoas para elas estarem tranquilas é que há candidatos, há programa eleitoral e não é a “dizer mal”, há soluções. E também há, aquilo que as pessoas vão estranhar, a pessoa comum, o cidadão comum de Paços de Ferreira a ser candidato.

Vamos deixar claro que não vamos ser a mesma coisa que quando alguns partidos dizem ser “uma nova atitude”, olhamos e não são uma nova atitude. Porque tanto eles, como o PS e provavelmente outros que possam vir a aparecer que eu não sei quem são, é sempre mais do mesmo, as mesmas pessoas. E é aqui que eles não estão habituados. É que o chão está a ficar movediço. As pessoas que vão aparecer são pessoas que nunca estiveram na política. Pessoas que estão fartas deste sistema. Pessoas que são decididas em termos de personalidade e pessoas jovens.

Aquilo que eu quero deixar vincado é que são pessoas jovens. As pessoas não vão compreender. Pessoas formadas, pessoas não formadas, pessoas com experiência de vida, pessoas com menos experiência de vida… uma mistura heterogénea que se vai tornar uma bomba completamente homogénea para mudar o espectro político em Paços de Ferreira, em todas as vertentes.

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