Os mais de 436 mil euros encontrados num muro de pedra em Rio de Moinhos, em 2021, por militares da GNR, vão ficar mesmo para o estado.
O dinheiro, que foi encontrado por militares da GNR em 2021, após o alerta de trabalhadores de uma empresa de construção na zona, estava guardado em cofres numa parede que separa uma antiga pedreira do caminho de acesso ao campo de tiro do Clube de Caçadores de Rio de Moinhos.
Agora, a confirmação de que dinheiro ficaria nas mãos do estado português chegou através de um acordão do Supremo Tribunal de Justiça, que foi avançado pelo JN, onde os juízes não deram razão ao emigrante que alegava ser o proprietário da fortuna, que estava armazenada em cofres.
De acordo com a mesma fonte, no recurso para o supremo tribunal de justiça, o homem protestou o facto do Tribunal da Relação do Porto não ter valorizado as suas impressões digitais encontradas numa das bolsas plásticas com dinheiro e na película transparente que envolvia três dos cofres escondidos no muro, nem o facto de terem sido detetados vestígios do seu ADN nas próprias notas.
Apesar disto, os juízes conselheiros do STJ consideraram que o “principal argumento do emigrante é a presença de vestígios lofoscópicos”, mas defendem que estes, “só por si, desacompanhados de outros elementos de prova, não fazem prova da propriedade dos cofres e quantias apreendidas. Apenas se faz prova de que o recorrente teve contacto com algumas embalagens”.