Os vereadores e deputados municipais do PSD votaram contra a Prestação de Contas de 2024 da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, acusando o executivo socialista de protagonizar “quatro anos de inércia estratégica”.
A decisão foi tomada após uma avaliação política negativa do atual mandato, que os sociais-democratas classificam como marcado por promessas incumpridas, sub-execução crónica do investimento e falta de visão para o desenvolvimento do concelho.
De acordo com o PSD, a governação socialista tem-se limitado a “inaugurações de primeiras pedras” e a sucessivas “apresentações públicas de intenções que nunca se concretizam”. Em causa estão projetos considerados estruturantes, como a Casa das Artes de Freamunde, a Academia Profissional, o Interface Urbano, novas zonas empresariais e equipamentos desportivos especializados, que continuam por sair do papel.
“O voto contra do PSD é um voto de exigência. Exigência de rigor, de compromisso com os cidadãos e de uma gestão orientada para o verdadeiro desenvolvimento de Paços de Ferreira”, referem os vereadores sociais-democratas em comunicado.
Na Assembleia Municipal, o deputado Miguel Pereira, pelo PSD, reforçou a crítica, lembrando que “ao longo dos últimos 12 anos, a maioria socialista vai gerir perto de 500 milhões de euros, mas esse valor não se reflete numa transformação concreta do nosso concelho”. Para o PSD, os executivos do PS “ficarão conhecidos como os executivos do ‘vai ser’, porque na realidade pouco ou nada foi concretizado de entre tudo aquilo que foi prometido”.
O PSD reafirma, assim, o seu compromisso com os cidadãos de Paços de Ferreira, defendendo uma governação mais ambiciosa, responsável e orientada para resultados efetivos.