A associação ambientalista Jornada Principal (AJP) denunciou “cerca de 40 pessoas, tendo algumas sido internadas no hospital” devido às picadas de insetos presentes em Sobrado, Valongo, provenientes da atividade do aterro da Recivalongo.
Marisol Marques, presidente da AJP, avançou à Lusa que “o problema que se repete há alguns anos assim que chega o verão e que se voltou a manifestar nas últimas semanas” foi denunciado ao Agrupamento de Centros de Saúde Maia/Valongo, dos quais não foi possível obter resposta.
A Lusa apurou que, em consequência à situação derivada das picadas de insetos, a associação avançou, hoje, uma denúncia para a delegada de Saúde Regional do Norte, Maria Neto, salientando o “desespero da população de Sobrado” com residência perto do aterro.
Na denúncia a que a Lusa teve acesso, pode ler-se que “face ao flagelo que vive diariamente, a população desespera pela ausência de respostas e ações concretas”.
No próprio comunicado, a AJP refere não poder “dissociar este problema das práticas do aterro de Sobrado”, lembrando que o aterro se encontra “em cima da população”.
Por outro lado, a Recivalongo revelou “ter estudos que comprovam não haver ligação entre a atividade do aterro de Sobrado, em Valongo, e a presença de insetos junto das populações”, avança o JN.
A empresa afirmou ainda, ao JN, que “os ‘peritos’ não encontraram evidências de que a atividade (…) possa ter um papel de promoção de comunidades de insetos que possam ser prejudiciais para a saúde pública, ou mesmo potenciadoras de incomodidades para as populações”, esclareceu.