Um movimento de cidadãos pacenses descontentes e revoltados insurgiu-se contra o abate de árvores no centro histórico de Paços de Ferreira que tem ocorrido desde janeiro deste ano e, na qual, levou ao aparecimento de uma petição online que foi publicada no dia de hoje, por volta do almoço.
Esta petição divulgada pelas redes sociais e do “passa palavra”, tem como intuito mostrar o descontentamento da população para com o abate das árvores que, de acordo, com a porta-voz deste movimento “são necessárias, antigas e acarinhadas” pela população residente no centro histórico de Paços de Ferreira.
Os residentes do centro histórico avistaram o abate destas estruturas que são essenciais, tal como afirma, a representante numa altura em que se fala de “alterações climáticas” e da proteção ambiental. Em declarações ao Emissor, a cidadã pacense revela que o executivo municipal não comunicou nem informou a população acerca desta situação, tal como, está previsto no artigo 24º da lei número 59/2021 de 18 de agosto de 2021.
De acordo com a porta-voz, “este abate é ilegal”. Tendo em conta a lei descrita, o executivo tem deve informar e justificar o abate destas árvores que irão demorar “40 anos para recuperarem”, no qual são “essenciais para a qualidade da vida” da população, como por exemplo, no fornecimento do oxigénio.
O objetivo deste movimento prende-se para serem “ouvidos” na Assembleia Municipal de forma a “chamar à razão do executivo” que tem abatido as árvores para alargar os passeios e construir parques de estacionamento. De salientar ainda que, foram feitas denúncias ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana.
O Emissor contactou a Câmara Municipal de Paços de Ferreira, na qual, foi respondida por José Vinha (Gabinete de Comunicação e Imprensa da autarquia) ao revelar que as árvores foram abatidas por “estarem mortas” e “porem em causa o bem-estar dos cidadãos” bem como das “infraestruturas” por causa das raízes das árvores. Além disso, foi revelado, que o abate se iniciou nesta semana e os técnicos que se encontram a proceder ao abate têm cumprido a legislação afirmando que as árvores encontram-se mortas e “têm que ser abatidas”, na qual serão substituídas por árvores adequadas ao meio urbano.
Por outro lado, José Vinha revela que não tem conhecimento da lei artigo 24º da lei número 59/2021 de 18 de agosto de 2021, mas refere e reforça a ideia de que os técnicos estão a cumprir todas as leis.