Há cerca de duas semanas um grupo de jovens voluntários uniu-se por um bem maior e rumou desde Marco de Canaveses até à fronteira da Polónia com a Ucrânia para ajudar e apoiar os mais afetados com a Guerra.
Cláudio Silva, Padre de Alpendorada foi quem tomou a iniciativa de criar um grupo “A ideia surgiu de eu acordar um dia de manhã e dizer “temos que ir”. Perante as iniciativas, perante a situação que ouvíamos nas notícias achei que também nós podíamos dar um contributo e foi mediante essa ideia”.
Esta ajuda humanitária contribuiu para que fossem resgatados 21 refugiados que procuravam paz e conforto em Portugal, no entanto, existe ainda uma necessidade, por parte dos jovens, de assegurar a estabilidade e felicidade dos mesmos.
“A nossa missão começou agora, começou agora neste compromisso de que devemos estar atentos e acompanhar aqueles que trouxemos, mesmo os que ficaram connosco mesmo os outros que foram com famílias ou amigos que tinham em Portugal.”, explica Cláudio.
Para João Pereira, um dos voluntários que de se predispôs a ajudar nesta iniciativa, reconhece que a sensação é “única, eu acho que nós só percebemos a importância daquilo que estamos a fazer se calhar só mesmo quando chegamos”. O mesmo confessou ao nosso jornal que o convite surgiu de uma forma inesperada e que inicialmente aceitou o desafio um pouco pela aventura em si.
“Ao longo do caminho eu falava muitas vezes com o meu parceiro aquele com quem tinha de dividir o transporte não percebia muito bem a razão de ter aceite, acho que no fim de tudo, ao vermos as pessoas a reencontrar os familiares e tudo, acabamos por perceber o porquê de aceitarmos e pronto a oportunidade de poder ajudar é única.”, assume.
Estes jovens trazem como eles uma diversidade de sentimentos, no início a ansiedade de ir à descoberta e ajudar e no regresso traziam com eles a tristeza e impotência perante aquilo que viram e experimentaram, no entanto, deixam de pé a possibilidade de voltarem a repetir a experiência.