“É injusto para os paredenses assistirem ao que se vem a passar no processo das águas de paredes com mentiras, ocultação de documentos e sem qualquer transparência e rigor” – Ana Raquel Coelho – Vice-Presidente da concelhia de Paredes do CDS
No rescaldo do pedido de alteração legislativa, apresentado pelo Presidente da Câmara Municipal de Paredes, Alexandre Almeida, no sentido do empréstimo contraído para o resgate da concessão de água e saneamento não contar para o endividamento municipal, o CDS, mais uma vez, aponta a falta de transparência na condução de todo o processo de resgate.
Em nota às redações, hoje, dia 26 de maio 2022, a concelhia de paredes do CDS informa que “para a vice-presidente da concelhia do CDS Paredes, Ana Raquel Coelho, “o resgate das águas em Paredes é um processo que, desde o seu início, nunca foi transparente. Como já dissemos e requeremos várias vezes, é necessário dar a conhecer as atas das reuniões entre a CMP e a Be Water. Nunca nos foram apresentadas! Se o Sr. Presidente nada teme, como alega, por favor torne público o ponto de situação deste processo e revele as atas das reuniões com a concessionária, e não nos venha dizer, como já disse, que são negociações que têm que ser escondidas sigilosas, porque é falso, os paredenses têm e merecem saber tudo o que se está a passar, não esconda mais, quer para o bem quer para o mal”.
Na opinião da centrista “não é verosímil que a Câmara não possa aplicar o tarifário social da água alegando que é por culpa da concessionária, uma vez que o Sr. Presidente avocou a si o domínio das águas e saneamento, afirmando que só ainda não tomou conta efetivamente “por questões logísticas”. Recorde-se que a proposta do Tarifário Social da Água foi apresentada em Assembleia Municipal pelo CDS-PP
em julho de 2018 e aprovada na mesma, mas até ao momento ainda não existe nem está a ser aplicada em Paredes, bem como os SMAS deviam ter entrado em pleno funcionamento a 1.01.2022.
A Vice-Presidente do CDS-PP Paredes, Ana Raquel Coelho, ainda questiona “quem vai assumir a responsabilidade e os encargos da construção dos ramais de água e saneamento uma vez que com o resgate a concessionária já não tem obrigação de fazer as ligações? Qual é o ponto de situação, por exemplo do último mês das ligações dos ramais? A Câmara Municipal de Paredes já está a assumir esta responsabilidade decorrente do resgate?”
Para o CDS “este é um processo em que ainda vai correr muita água e cujo fim não está à vista, sendo perfeitamente possível que o atual executivo já cá não esteja para solucionar o problema que agora causou e os paredenses ficaram com uma dívida de muitos milhões de euros para pagar nas futuras gerações e certamente voltarmos a estar no topo do preço mais elevado da água.””