O recente anúncio do governo socialista para resolver o problema da habitação em Portugal, não foi mais do que a tradicional conversa de “muita parra e pouca uva”. Assim, o governo apresentou um plano que não passa mais do que manter a atual especulação imobiliária, juntando aquilo que o grande capital tanto adora: alocação de dinheiros públicos para que o apetite voraz do capitalismo engrosse os seus lucros.
Não existe uma verdadeira política de habitação em Portugal e neste caso, um plano para resolver um grave problema que é o acesso à habitação em Portugal. No fundo, as medidas gravosas introduzidas pela troika, com o apoio claro de PS-PSD-CDS, são mantidas para que os lucros dos grandes grupos económicos aumentem, enquanto as famílias são esmifradas para conseguirem comprar/arrendar casa.
Para o PCP, é preciso enfrentar os interesses instalados, através de: desenvolver efetivamente uma política de habitação em que o Estado se assuma como grande promotor de Habitação, intervindo de forma a garantir esse direito e a contrariar a lógica nefasta do designado mercado. No sentido inverso ao que PS, PSD, Chega e IL defendem, pois claramente desconsideram os problemas das famílias e ficam do lado da banca, dos fundos imobiliários e dos grandes proprietários (pode consultar as propostas em https://www.pcp.pt/garantir-direito-habitacao-enfrentar-especulacao-financeira-imobiliaria).
Para terminar, uma breve referência ao artigo de opinião do camarada António Filipe ao jornal Expresso sobre o facto de A Festa do Avante entregar, a pedido do Museu da Farmácia, um conjunto de elementos sobre a edição de 2020 – como o plano de contingência e a sinalética, entre outros – para integrar o seu espólio museológico. Demonstrando assim o reconhecimento de uma instituição insuspeita sobre o plano de contingência da Festa do Avante, que tanta celeuma levantou na altura (pode consultar o artigo em https://expresso.pt/opiniao/2023-02-13-Ter-razao-antes-do-tempo-9f81b5ed).
Bruno Sousa
Membro da comissão concelhia de Penafiel do PCP