OpiniãoNarcissism Killed The Cat

Narcissism Killed The Cat

Relacionados

Não há mérito em Portugal

Muitos se perguntam o porquê de os jovens portugueses emigrarem com tanta facilidade. Será pela sua rebeldia de quererem sair de casa dos pais?...

Gestão cemiterial: Um passo para a frente, dois para trás?

Em 1835, foi executado o primeiro decreto que estabelecia os cemitérios públicos no país. Desde então, as leis cemiteriais foram sofrendo alterações no que...

A política de transportes da AD em Penafiel

Corria o ano de 2020 quando a autarquia anunciou um investimento de 1,5 milhões de euros para o novo centro de transportes da cidade...

O que pode levar a que um homem inteligentíssimo e experiente se exponha de tal forma que, mesmo pretendendo fugir à justiça, acabe por dar pistas e indicadores claros do seu paradeiro que levam à sua deteção e consequente prisão.

O que pode ter levado Rendeiro a dar uma entrevista inconsequente e sem proveito, aparente, nenhum.

É o narcisismo estúpido, é o narcisismo…

O narcisismo, essa doença coletiva, que empesta toda a classe política, empresarial e cada um de nós, cuja muita da sua excrescência está na relação direta com a perda da importância da religião na vida de cada um e de todos, na perda da importância da luta ideológica e de tudo o quanto são ideais universais e coletivos capazes de mobilizarem a comunidade e a sociedade fazendo sublimar desejos e pulsões individuais.

Vivemos tempos de hedonismo, de micro-heróis, de omnipotência com “pés de barro”. Os tempos dos “gatos que se olham ao espelho e se veem como tigres”, mas tudo isto na base da construção de uma identidade frágil, sem uma organização narcísica sólida onde não há espaço para se assumir os naturais fracassos e impotências, antes, transformando estas nas arrogâncias prepotentes que tentam aniquilar o outro e o olham com, suposto, desdém, sob o aplauso constante e frágil dos acólitos da necessidade.

Ora Rendeiro, vítima dos tempos modernos e de um ego maior que a sua própria riqueza, aparenta encerrar em “si mesmo” as características dos criminosos de colarinho branco, onde o narcisismo, a crença na sua impunidade e a dificuldade em lidar com a frustração, ocupam um lugar central.

De resto, não terá conseguido resistir à vaidade bacoca de dar uma entrevista alimentando o seu ego, o seu sentimento de grandiosidade, de omnipotência, julgando-se acima de qualquer possibilidade de ser capturado, julgando vingar-se, ainda que simbolicamente, de Portugal e dos seus órgãos de soberania, buscando a satisfação imediata da vingança ao mesmo tempo que dava uma imagem de autoridade e liderança intocável.

A Polícia Judiciária agradeceu, assim como todos os Portugueses.

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Últimos Artigos

- Publicidade -