OpiniãoO homem, o animal, qual o racional?

O homem, o animal, qual o racional?

Relacionados

Gestão cemiterial: Um passo para a frente, dois para trás?

Em 1835, foi executado o primeiro decreto que estabelecia os cemitérios públicos no país. Desde então, as leis cemiteriais foram sofrendo alterações no que...

A política de transportes da AD em Penafiel

Corria o ano de 2020 quando a autarquia anunciou um investimento de 1,5 milhões de euros para o novo centro de transportes da cidade...

SEM TETO, SEM ABRIGO

Quantas vezes nos interrogamos porque dormem pessoas na rua? Os motivos são vários, desde o desemprego aos problemas familiares passando, muitas vezes, pelas regras que...

Já muitos estudos credibilizam vários comportamentos dos animais, os cães podem ser tão racionais que fazem planos para o futuro e os elefantes fazem o luto quando morre um amigo ou um familiar. Temos vários exemplos e estamos conscientes das capacidades dos animais para ajudar e até compreender o homem.

Tomo como exemplo a Madre Teresa de Calcutá que nos deixou a seguinte mensagem: “Os animais foram criados pela mesma mão caridosa de Deus que nos criou. É nosso dever protegê-los e promover o seu bem-estar”.

Hoje em dia aos olhos de todos e da lei os animais, assim como nós, são considerados sencientes, sendo esta a capacidade de sentir e vivenciar sentimentos como a dor, a angústia, a solidão, o amor, alegria, raiva e lealdade.

Assim sendo e com tudo o que sabemos e reconhecemos podemos defender que a crueldade contra animais não possui justificativa sob nenhuma perspetiva, seja ela filosófica, científica, religiosa e cultural.

Não podemos negar que Declaração Universal dos Direitos dos Animais representou um enorme passo no que diz respeito aos aspetos de ordem moral. Mas o homem é como é, a Declaração por si só não era suficiente e foi necessário criminalizar o homem sobre a maldade deste para com o animal. Atos como abandono, maus tratos e até a falta de cuidados essenciais são agora considerados crimes punidos por lei.

Assim sendo, faz todo o sentido que se ensine às crianças o respeito pelo animal pois este está intrinsecamente ligado ao respeito pelo seu semelhante.

Já dizia o meu avô que quem não gosta de animais não pode gostar de pessoas.

Infelizmente, nem todos somos “boas pessoas” e custa a crer que ainda hajam pessoas capazes de abandonar um animal que faz parte da sua vida, mesmo que não considerem o animal um membro da família, ele faz parte da dinâmica familiar e é um ser dependente do dono para sobreviver, abandonar um animal é condená-lo a provações, dor e provavelmente à morte, o que faz dos antigos donos “assassinos”.

O abandono é uma realidade e a crueldade das pessoas não tem limites, é preciso ter-se um coração de pedra para abandonar ou maltratar um animal, especialmente quando é “nosso”.

É repugnante maltratar um animal, mas abandonar os próprios animais de estimação mais do que desumano, é insano, para além de um crime é uma demonstração de falta de moral, de negligência, de irresponsabilidade, de falta de empatia e de amor.

Pensem bem antes de acolherem um animal, se não têm o carácter e a dedicação que são necessárias para cuidar dele acreditem, ele fica melhor sem a vossa companhia.

Neste âmbito, a atuação dos municípios é fundamental, mas têm feito muito pouco, nomeadamente o de Paredes. Ainda esta semana, ficamos a saber que o nosso concelho faz parte de mais um ranking que nos envergonha: é Top 5 a nível nacional dos municípios portugueses com mais animais abatidos.

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Últimos Artigos

- Publicidade -