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Adaptar-se à paralisia cerebral: “Eu nunca tive problemas nem vergonha de mostrar o Hugo”

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Fernanda Sousa é mãe do Hugo, um rapaz com 24 anos diagnosticado com paralisia cerebral. Para conseguir dar resposta às necessidades do Hugo, Fernanda dedica-se diariamente ao bem-estar e qualidade de vida do filho.

Foi realizado o diagnóstico do Hugo 7 meses após ter nascido. Apurou-se que o Hugo foi vítima de uma meningite e, a partir daí, desenvolveu paralisia cerebral. Para Fernanda, nem sempre foi fácil aceitar o facto de o filho ter nascido saudável e, de um momento para o outro, tornar-se totalmente dependente.

Direitos Reservados

Apesar do centro de paralisia a ter ajudado, a mãe do Hugo recorda-se de tudo, desde o facto de ter de abandonar o emprego para poder acompanhar o filho nas idas ao hospital, prestar cuidados, tornar a vida do filho mais fácil e conseguir obter algum desenvolvimento em conjunto com ele. Aos 24 anos, Hugo é capaz de reproduzir algumas palavras, pedir à mãe coisas simples e compreender, parcialmente, o que acontece à volta dele.

Desde os 18 anos que o Hugo tem vido a ser acompanhado pela Associação para a Inclusão de Jovens e Adultos (AIJA), que tem facilitado Fernanda no quotidiano, onde os colaboradores vão ao encontro das necessidades do Hugo, libertando Fernanda e oferecendo ao Hugo o convívio com os demais colegas, que também têm vindo a ser acompanhados pela AIJA, bem como explorar e desenvolver as capacidades do Hugo.

 

 

A Associação para a Inclusão de Jovens e Adultos (AIJA) situa-se em Lordelo, freguesia pertencente a Paredes e procura, essencialmente, trabalhar com os mais jovens que possuem algum tipo de patologia que os obriga a necessitar de um apoio constante de um adulto.

O objetivo principal da Associação, desde 2014, é a promoção da inclusão das pessoas com deficiência ou incapacidade, procurando criar as condições necessárias para dar resposta a pessoas com incapacidade, focando-se em melhorar a qualidade de vida das mesmas.

Com a situação do COVID-19, a AIJA foi também prejudicada no sentido em que deixou de ter alguns apoios, nos mais variados níveis. Hoje, a AIJA aliou-se à Câmara Municipal de Paredes, bem como à Junta de Freguesia, sustentando-se através de apoios, quer ao nível das infraestruturas, quer ao nível de transportes, no sentido de manter a Associação em funcionamento. Considerando ser importante dar resposta às pessoas com incapacidade ou deficiência, bem como aos familiares que tomam conta destes, a AIJA procura dar-se a conhecer, bem como sensibilizar a sociedade para as questões da inclusão.

O EMISSOR dirigiu-se à AIJA e falou com a atual presidente da associação, Rita Leal, que evidenciou os principais objetivos da associação, referindo, também, as questões onde continuam a trabalhar para garantir a qualidade de vida de quem ali precisa de passar os dias.

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