EntrevistaAdaptar-se à paralisia cerebral: “Eu nunca tive problemas nem vergonha de mostrar...

Adaptar-se à paralisia cerebral: “Eu nunca tive problemas nem vergonha de mostrar o Hugo”

Relacionados

Paredes: Jovem detido por tráfico de estupefacientes

O Comando Territorial do Porto, através do Posto Territorial de Paredes deteve, no passado dia 24 de julho, um homem 20 anos, por tráfico...

Paredes: Homem morre após despiste de mota

Um homem, de 29 anos, morreu, no último sábado, dia 20 de julho, na sequência de um acidente na Rua da Ferrugenta em Lordelo,...

Paredes: Idosa morre após despiste de carro

Uma idosa, de 81 anos, morreu, na manhã do passado dia 17 de julho, quando o carro que conduzia se despistou e embateu contra...

Fernanda Sousa é mãe do Hugo, um rapaz com 24 anos diagnosticado com paralisia cerebral. Para conseguir dar resposta às necessidades do Hugo, Fernanda dedica-se diariamente ao bem-estar e qualidade de vida do filho.

Foi realizado o diagnóstico do Hugo 7 meses após ter nascido. Apurou-se que o Hugo foi vítima de uma meningite e, a partir daí, desenvolveu paralisia cerebral. Para Fernanda, nem sempre foi fácil aceitar o facto de o filho ter nascido saudável e, de um momento para o outro, tornar-se totalmente dependente.

Direitos Reservados

Apesar do centro de paralisia a ter ajudado, a mãe do Hugo recorda-se de tudo, desde o facto de ter de abandonar o emprego para poder acompanhar o filho nas idas ao hospital, prestar cuidados, tornar a vida do filho mais fácil e conseguir obter algum desenvolvimento em conjunto com ele. Aos 24 anos, Hugo é capaz de reproduzir algumas palavras, pedir à mãe coisas simples e compreender, parcialmente, o que acontece à volta dele.

Desde os 18 anos que o Hugo tem vido a ser acompanhado pela Associação para a Inclusão de Jovens e Adultos (AIJA), que tem facilitado Fernanda no quotidiano, onde os colaboradores vão ao encontro das necessidades do Hugo, libertando Fernanda e oferecendo ao Hugo o convívio com os demais colegas, que também têm vindo a ser acompanhados pela AIJA, bem como explorar e desenvolver as capacidades do Hugo.

 

 

A Associação para a Inclusão de Jovens e Adultos (AIJA) situa-se em Lordelo, freguesia pertencente a Paredes e procura, essencialmente, trabalhar com os mais jovens que possuem algum tipo de patologia que os obriga a necessitar de um apoio constante de um adulto.

O objetivo principal da Associação, desde 2014, é a promoção da inclusão das pessoas com deficiência ou incapacidade, procurando criar as condições necessárias para dar resposta a pessoas com incapacidade, focando-se em melhorar a qualidade de vida das mesmas.

Com a situação do COVID-19, a AIJA foi também prejudicada no sentido em que deixou de ter alguns apoios, nos mais variados níveis. Hoje, a AIJA aliou-se à Câmara Municipal de Paredes, bem como à Junta de Freguesia, sustentando-se através de apoios, quer ao nível das infraestruturas, quer ao nível de transportes, no sentido de manter a Associação em funcionamento. Considerando ser importante dar resposta às pessoas com incapacidade ou deficiência, bem como aos familiares que tomam conta destes, a AIJA procura dar-se a conhecer, bem como sensibilizar a sociedade para as questões da inclusão.

O EMISSOR dirigiu-se à AIJA e falou com a atual presidente da associação, Rita Leal, que evidenciou os principais objetivos da associação, referindo, também, as questões onde continuam a trabalhar para garantir a qualidade de vida de quem ali precisa de passar os dias.

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Últimos Artigos

- Publicidade -