Carla Silvestre é advogada e candidata à Câmara Municipal de Penafiel pelo partido “Chega!”, levantando consigo uma série de problemas existentes no município, quer ao nível da precaridade, da transparência política e procurando soluções, nomeadamente, para as famílias.
De acordo com a candidata, o Chega de Penafiel pretende que “as novas gerações cumpram sonhos ao escolher Penafiel para viver, trabalhar e construírem as suas famílias”, afirma, apontando que a “democracia constrói-se com todos, e todos já percebemos que a gestão social democrata está mais do que esgotada em Penafiel”.
EMISSOR: Enquanto candidata à Câmara Municipal de Penafiel pelo partido “Chega”, qual o seu posicionamento face aos demais políticos existentes?
Carla Silvestre: Considero que o meu posicionamento está enquadrado na grande reestruturação que a Direita em Portugal está a conceber. Durante demasiados anos vivemos sob uma direita apática com demasiadas amarras ao socialismo e a nossa autarquia não é exceção a esta reestruturação. Estamos a chegar para dar um novo sentido à Direita em Penafiel onde a hegemonia de um PSD sentimentalmente socialista se esgotou.
EMISSOR: Quais as principais mudanças que quer trazer para Penafiel?
Carla Silvestre: Desde logo, tenho por obrigação criar uma nova conceção de fazer política, onde a transparência será o primeiro dever de quem representa e gere os destinos do nosso concelho. Não coabitamos com pouca sensibilidade democrática, nepotismo e clientelismo. A autarquia é do povo e, pelo povo, têm os seus representantes a obrigação de trabalhar séria e afincadamente.
EMISSOR: Considera que o facto de o “Chega” ser um partido recente, trará uma nova visão à população penafidelense? Em que formatos?
Carla Silvestre: Sem dúvida que trará. Estamos cá para proteger os interesses da nossa terra e das nossas gentes. Consideramos que cada ‘euro’ gasto, proveniente de impostos ou taxas só pode ser bem aplicado e não tem necessariamente de ser um investimento fútil. Por respeito aos concidadãos que contribuem e contribuíram para o município e a todos os que realizam sonhos em Penafiel, devemos-lhes respeito, transparência e mérito. Só com transparência é que a política será credibilizada e esse, é também o nosso objetivo. Muitos homens e mulheres de todos os quadrantes políticos reveem-se atualmente no Chega, muitos Penafidelenses que não confiavam sequer o seu voto, têm agora um novo alento e um voto útil.
EMISSOR: Como caracteriza a sua vida ao longo dos anos? Considera que a caminhada que fez até ao momento lhe trouxe a experiência necessária e a tornaram capaz de enfrentar o desafio que é ser Presidente de Câmara?
Carla Silvestre: Sou o rosto de uma candidatura pela positiva, recheada de pessoas, ideias e não tenho dúvida que se afirmará junto de todos os que por cá têm raízes, vivem e trabalham. A decisão de ser Candidata à Presidência da Câmara Municipal de Penafiel e abraçar um projeto com toda a minha determinação, convicção pelos nossos concidadãos e pela terra onde sempre vivi, implica um sentimento de missão e agradecimento por todas as oportunidades que Penafiel me concedeu.
A reestruturação da Direita e os sinais dos novos tempos, levam-me a considerar que este é o meu caminho, no tempo certo e no momento certo. Vivo e sempre vivi do meu mérito e do meu trabalho e tenho todos os requisitos como qualquer Penafidelense para desempenhar uma função política. Não considero que só pode fazer parte da política quem dela tem curriculum, bem muito pelo contrário. O valor acrescentado e o mérito têm de ser provenientes da sociedade civil, de uma forma livre e autêntica.
EMISSOR: Que ideologias o Chega defende para o concelho de Penafiel?
Carla Silvestre: Não lhe chamaria ideologias, mas talvez os princípios e valores que representamos. Para além da transparência que já referi anteriormente, considero que o combate à corrupção é fundamental para alavancar o elo entre quem vota e a classe política. Repudiamos qualquer tipo de totalitarismo por mais ou menos rebuscado que seja, colocaremos sempre na linha da frente o valor da Pessoa Humana e as suas liberdades e garantias. Repudiamos ainda qualquer forma de xenofobia, racismo ou qualquer outra forma de discriminação positiva ou negativa.
Acreditamos numa sociedade com base no conhecimento que garanta a igualdade de oportunidades para todos os Penafidelenses. Pretendemos um município seguro em termos de criminalidade, amigo das famílias e do mundo rural e forte, muito forte, na economia.
EMISSOR: Considera que as acusações que fazem ao “Chega” no que toca à xenofobia, ao racismo e acusações semelhantes irão ser um problema para a sua candidatura à Câmara de Penafiel?
Carla Silvestre: Não o fomos, não o somos e não o seremos. Vivemos descomplexados relativamente aos rótulos infundados que nos possam atribuir, não passam de desconfortos pouco democratas das demais forças partidárias por sermos uma ameaça ao poder instalado. E quem me conhece sabe que a título pessoal repúdio veementemente todas essas acusações.
EMISSOR: Enquanto penafidelense, o que mais tem sentido falta nos últimos anos? Considera que essas necessidades vão de encontro às necessidades dos demais penafidelenses?
Carla Silvestre: Todos os Penafidelenses sentem a falta e a necessidade urgente do IC35. Todos os concidadãos sabem que tudo não passa de um jogo dos partidos no poder, que empobrece ano após ano, o município.
EMISSOR: Revê-se em alguma medida tomada pelo atual executivo?
Carla Silvestre: Estou e sempre estarei do lado das famílias. O que tem vindo a ser feito pelo atual autarca é um princípio de algo, mas não chega. Precisamos de ajudar todas as famílias sem qualquer discriminação.
EMISSOR: Quais os maiores problemas existentes em Penafiel que o Chega se propõe a solucionar?
Carla Silvestre: O nosso combate passará também pela criação de emprego e dinamização da economia nas suas diversas valências. Fomos devastados por uma pandemia e todos os nossos esforços têm de ser aí aplicados. A ruralidade e a sua modernização são também elementos fulcrais para o município. Além disso queremos viver em segurança e por isso urge a necessidade de um reforço na contingência que garanta cobertura eficaz em todo o município. Apostar numa visão estratégica do turismo poderá ser decisivo para o desenvolvimento da próxima década, assim como a resolução da grave crise demográfica que nos assola.
EMISSOR: Qual o posicionamento do Chega de Penafiel face à questão habitacional, sendo que os preços são considerados altos?
Carla Silvestre: Parabenizo-a pela sua pergunta pois ela toca exatamente na minha maior preocupação, o preço demasiado alto, o que sucede porque a atual câmara municipal cobra valores exorbitantes. Posso dar-lhe um exemplo: por cada 120 metros quadrados de construção, o construtor tem que ceder 65 metros à câmara, ou pagar taxas elevadíssimas, o que resulta numa obrigação para quem constrói de vender mais caro.
Por outro lado, eu quero ver as casas entregues a quem efetivamente delas necessite e não aos habituais infratores do sistema de distribuição e apoio social. As casas não podem ter um valor simbólico e em contrapartida ver famílias com carros de alta cilindrada e que diariamente apresentem sinais exteriores de riqueza.
EMISSOR: Qual o posicionamento do Chega face à questão do trabalho qualificado (ou não) em Penafiel?
Carla Silvestre: Aquilo que pretendemos é que as novas gerações cumpram sonhos ao escolher Penafiel para viver, trabalhar e construírem as suas famílias. Estes sonhos, só são possíveis de realizar quando temos uma autarquia que flexibiliza processos e com uma economia forte que crie riqueza e consequentemente empregos qualificados.
EMISSOR: Em que formatos pretendem colmatar a precariedade?
Carla Silvestre: A precariedade é algo que nos preocupa principalmente junto dos jovens. Este é um dos principais fatores de inibição de captação ou fixação de novos ou já habitantes. Protegermos a nossa economia e torná-la forte não é um combate qualquer. Consideramos que o Governo da República tem direta responsabilidade nesta tutela, mas mesmo assim vamos travar um combate que promoverá o debate entre todas as instituições públicas, empresários locais e cidadãos. Acima de tudo vamos procurar conceder ferramentas e estímulos aos nossos empreendedores. Relativamente aos precários da função pública, mediante o seu mérito devem ser integrados e regularizados, assim como deve ser exigida, por parte do Executivo camarário, a celebração de contratos com entidades privadas que possuam boas práticas de empregabilidade.
EMISSOR: Qual o posicionamento do Chega face à questão dos transportes em Penafiel, sendo que, em freguesias mais distantes do centro, não existem transportes públicos?
Carla Silvestre: As assimetrias dentro do próprio município são enormes e isso não pode continuar. Todos os cidadãos têm de ter acesso aos transportes públicos e quando os privados não cumprem os objetivos ou não concebem a dinâmica necessária, a autarquia tem de assegurar uma palavra e uma ação interveniente perante este problema estrutural que afeta milhares de pessoas.
EMISSOR: O Chega irá apresentar planos para apoiar o CHTS em algum sentido? Quais?
Carla Silvestre: O CHTS tem um relevo e uma importância enorme na região, em várias valências. A seu tempo teremos todo o gosto em partilhar todas as nossas preocupações sobre esta temática.
EMISSOR: Qual a sua opinião no que diz respeito à gestão feita pelo atual autarca de Penafiel face à Covid-19?
Carla Silvestre: Em tempos de maior instabilidade e fragilidade existe uma obrigação ainda maior para os representantes políticos na ajuda imediata aos Penafidelenses. Contudo, esta obrigação não foi de todo cumprida e assistimos a poucos estímulos diretos à economia e um défice enorme de informação das medidas postas em prática, de apoio às famílias. Sentimos o executivo ausente e inoperante perante o desespero das nossas gentes.
EMISSOR: Que mensagem gostaria de deixar aos penafidelenses enquanto candidata à Câmara Municipal de Penafiel pelo “Chega”?
Carla Silvestre: A democracia constrói-se com todos, e todos já percebemos que a gestão social democrata está mais do que esgotada em Penafiel. Todos temos o dever de contribuir para esta mudança e de garantirmos a liberdade dos Penafidelenses reposta.