Após ter sido assinado o contrato de doação que o artista Alberto Caeiro formalizou com a Câmara Municipal de Santo Tirso, outorgando a propriedade de 60 obras, o município irá inaugurar no próximo dia 27 de novembro, o Centro de Arte Alberto Caeiro, o qual terá como principal objetivo a gestão do acervo do escultor, falecido em 2017.
Além de possuir as obras do escultor, o acervo é constituído, também, pela biblioteca de Alberto Caeiro, sendo composta por mais de sete mil livros e revisas da especialidade. O espólio foi cedido pela família à Câmara Municipal de Santo Tirso, a qual protocolou com os herdeiros a inventariação, tratamento e disponibilização pública.
O espaço, com cerca de 1100 metros quadrados é composto por um piso térreo e uma cave, sendo que a instalação deste envolveu a recuperação de um dos edifícios industriais da Fábrica de Santo Tirso, de acordo com o projeto da autoria do arquiteto Nuno Pinto.
O autarca de Santo Tirso, Alberto Costa, considerou que a “inauguração do Centro de Arte Alberto Carneiro é um momento único para Santo Tirso, que se assume, definitivamente, como cidade de referência da arte contemporânea ao nível nacional e internacional”, explica.
O Centro de Arte inclui uma exposição permanente constituída por obras de Alberto Carneiro, sendo também um espaço de exposições temporárias dedicadas à arte contemporânea, que se enquadrem nos valores artísticos fundamentais do escultor. De acordo com o município, este será um espaço de “diálogo e de confronto de várias correntes artísticas, integrador e inclusivo, de forma a poder afirmar se como um ponto de referência na dinamização de projetos inovadores no âmbito das artes plásticas e de desenvolvimento cultural da região onde se insere”.
O Centro de Arte Alberto Caeiro representa um investimento de 1,3 milhões de euros, com financiamento do Programa Norte 2020 no valor de aproximadamente 600 mil euros. No sábado, em simultâneo com a abertura do espaço, o Museu Internacional de Escultura Contemporânea irá inaugurar a exposição “A Natureza em Movimento”, que tem por base o espólio artístico de Alberto Caeiro pertencente à viúva do escultor, Catarina Rosendo, que se encontra em depósito no Município de Santo Tirso.
A exposição permanecerá patente até ao dia 27 de fevereiro, apresentando um conjunto de obras que cobre a quase totalidade das mais de cinco décadas de trabalho do artista.