Uma menina de sete anos foi entregue pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Felgueiras a um tio paterno que, durante dois anos, tê-la-á violado por 360 vezes. Os abusos só terão parado depois de a menor ter regressado a casa da mãe e denunciado o tio.
A CPCJ confiou, em 2018, a guarda da vitima ao tio, que vivia em união de facto na altura, devido a problemas em casa dos seus pais. Contudo, de acordo com a acusação do Ministério Público divulgada pelo JN, o homem “dirigia-se ao quarto onde dormia a vítima, tocava-lhe no corpo e retirava-lhe a roupa”.
Os abusos ocorriam “de segunda a sexta-feira, a hora não apurada da madrugada, antes de o arguido sair para trabalhar e enquanto ainda todos os habitantes da casa dormiam”.
O tio terá também usado força física para abusar da sobrinha, a quem avisou que sofreria consequências se contasse o que estava a acontecer a alguém, logo após a primeira violação.
Só a partir de abril de 2020, quando passou a pernoitar aos fins de semana na casa da mãe, é que a criança denunciou o tio.
O homem nunca foi detido e nunca foram aplicadas medidas de coação, está em liberdade sujeita à prestação de termo de identidade e residência e ainda vive no concelho de Felgueiras. Será julgado no Tribunal de Penafiel.