DestaqueFilho leva pai às cavalitas para tratamentos na USF Nova Era, em...

Filho leva pai às cavalitas para tratamentos na USF Nova Era, em Paredes

Relacionados

Paredes: Homem condenado a 9 anos de cadeia depois de ter tentado matar esposa

O homem que, no passado dia 8 de julho de 2023, tentou matar a mulher, à facada, enquanto a mesma dormia, foi condenado pelo...

Penafiel: Mulher é detida por furto

O Núcleo de Investigação Criminal de Penafiel deteve, no passado dia 19 de novembro,  uma mulher de 50 anos por furto, no concelho de...

Paredes: Homem detido em flagrante na posse de droga

A GNR deteve, no passado dia 17 de novembro, um homem de 29 anos, em flagrante por tráfico de estupefacientes, no concelho de Paredes. Durante...

No passado dia 26 de agosto, José Henrique Duarte levou o pai às cavalitas para tratamento na Unidade de Saúde Familiar (USF) Nova Era, no concelho de Paredes. O Agrupamento de Centros de Saúde do Tâmega e Sousa II – Vale do Sousa Sul, refere que o filho do utente recusou a cadeira de rodas, bem como o uso do elevador.

José Martins Duarte tem 79 anos e é residente na freguesia de Aguiar de Sousa. Enquanto doente crónico diabético, tem uma incapacidade atestada por uma junta médica de 95%, tendo já tido dois AVC este ano e, há cerca de um mês, apareceu uma ferida num dos seus pés.

Neste sentido, o filho, José Henrique Duarte, pediu tratamento domiciliário ao pai.

A 16 de agosto a enfermeira dirigiu-se à casa do utente e, enquanto José Henrique Duarte se encontrava no andar de baixo, esta viu a porta aberta e realizou o serviço. De acordo com um jornal regional local, José Henrique Duarte referiu que a enfermeira “entrou sem autorização”, não obedecendo, nem cumprindo o protocolo de higiene e segurança para com os doentes, isto é, apesar desta se apresentar “devidamente apetrechada em termos de máscaras e tudo isso, de equipamento”, o pai “não estava”, uma vez que não tinha a máscara posta.

Assim, quando a enfermeira terminou o tratamento e se preparava para abandonar o local, foi confrontada com José Henrique Duarte que avançou “seja a última vez que a senhora faça o que fez, violando eticamente, tendo este comportamento reprovável, que, conforme a senhora pode verificar, não tomou as devidas precauções com o meu pai e, para já, não tem nada que entrar aqui sem a minha autorização ou sem eu estar aqui presente”, contestou. A enfermeira anuiu, dizendo apenas “muito bem, boa tarde, até à próxima”, conta José Henrique Duarte.

Nessa mesma semana, José Henrique Duarte conta ter recebido um telefonema da coordenadora do posto médico a dizer que os tratamentos do pai deveriam de se realizar no posto médico. O filho do utente avança que “os critérios nunca ninguém mos disse, nunca soube se esses critérios são objetivos, se são subjetivos”, relata. Enviou, ainda, um email a alertar que o pai “não tinha condições para caminhar”, pedido que lhe pusessem os meios à disposição para que este o pudesse transportar.

Num comunicado enviado pelo ACES Tâmega II – Vale do Sousa Sul a um jornal regional, é referido que José Henrique Duarte “apareceu no quarto do utente, onde lhe foi explicado a evolução do tratamento e realçada a importância de estar um cuidador presente aquando a visita domiciliária”.

No comunicado, o ACES salientou ainda que “a enfermeira se dirigiu para a viatura e já dentro da viatura, foi agredida verbalmente, pelo mesmo filho do utente”, perante a situação, o motorista pediu ao filho do utente para se acalmar e falar educadamente, tendo este reagido com um “murro” no carro.

O ACES acrescentou ainda que, uma vez que o utente “não se encontra acamado e deambula com ajuda de terceira pessoa no domicílio (facto presenciado por enfermagem) e de não estarem asseguradas as condições de segurança que permitam a continuidade de tratamentos no domicílio, foi decisão da equipa da USF Nova Era que os mesmos passarão a efetuar-se nas instalações da Unidade”, tendo sido agendados os tratamentos de enfermagem na Unidade com José Henrique Duarte.

O comunicado do ACES finaliza com a referência de que José Henrique Duarte recusou a cadeira de rodas e o uso do elevador na USF Nova Era. Por outro lado, o filho do utente avança que, no que diz respeito ao elevador, seria “muito mais fácil” subir pelas escadas já que, pelo elevador, o pai iria “bater com os pés na porta do elevador porque aquilo não tem largura suficiente”. Relativamente à cadeira de rodas, José Henrique Duarte afirma que a USF não tem cadeira de rodas, tem macas, e que nem isso lhe foi colocado à disposição.

Em suma, face à situação, o filho do utente explica que “enquanto não houver critérios e enquanto me obrigarem a ir lá fazer os tratamentos, é assim que vou levar o meu pai. Não há condições, nem o meu pai tem dinheiro para comprar uma cadeira de rodas, nem o meu pai tem condições para contratar ou pagar uma ambulância porque isso custa muito dinheiro”.

O próprio informou ainda que “foi feita uma queixa pela GNR ao Ministério Público” e fez “queixa diretamente ao procurador do DIAP de Paredes” bem como ao Ministério da Saúde.

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Últimos Artigos

- Publicidade -