Comunistas denunciam baixos salários e incumprimentos laborais e pedem valorização dos trabalhadores
A Comissão Concelhia de Lousada do Partido Comunista Português (PCP) manifestou, na semana passada, preocupação com as condições laborais no sector têxtil, vestuário e calçado no concelho, defendendo que a greve geral de 11 de dezembro surge “num contexto de agravamento da precariedade” e de perda de direitos laborais. As posições constam de um comunicado enviado às redações, no qual o PCP identifica vários problemas que, afirma, continuam a afetar milhares de trabalhadores do concelho.
Sector com forte peso económico em Lousada
O sector têxtil, do vestuário e do calçado representa um dos pilares económicos de Lousada, reunindo dezenas de pequenas e médias empresas e empregando milhares de pessoas. Segundo o PCP, grande parte destes trabalhadores aufere salários próximos do salário mínimo nacional e subsídios de refeição “que, em muitos casos, não ultrapassam os 2,50 euros”. O partido refere ainda a existência de situações de incumprimento laboral, designadamente atrasos ou falta de pagamento de salários e indemnizações.
Encerramento da KnowBest gera apreensão
O comunicado destaca também o encerramento recente da empresa de calçado KnowBest, instalada no concelho, que, segundo o PCP, “deixou trabalhadores desprotegidos”.
PCP contesta argumento de crise no sector
Apesar das dificuldades invocadas por algumas empresas, o PCP afirma que o sector mantém níveis significativos de produção e exportação. O partido considera que a principal crise “é a que afeta a vida dos trabalhadores”, marcada por baixos rendimentos e dificuldades em suportar despesas essenciais. O comunicado refere ainda que Lousada, apesar de ser um dos concelhos mais jovens do país, enfrenta fragilidades económicas devido à persistência de salários modestos, o que, segundo o PCP, “tem impacto direto nas condições de vida das famílias”.
Críticas ao pacote laboral do Governo
O PCP critica igualmente o pacote laboral proposto pelo Governo PSD/CDS, com apoio parlamentar de CHEGA e Iniciativa Liberal, que, segundo o partido, “facilita o lay-off e os despedimentos”. Estas declarações constituem a posição política do PCP e não representam avaliações do órgão de comunicação social.
Greve geral como instrumento de reivindicação
A estrutura concelhia do PCP afirma que a greve geral de 11 de dezembro constitui “uma resposta necessária” para reivindicar melhores salários e proteção dos direitos laborais, num contexto económico que o partido considera “desfavorável aos trabalhadores”. A adesão à paralisação no concelho de Lousada será apenas conhecida após a divulgação dos dados oficiais.




