– COMUNICADO –
“PSD Paredes vota contra o Relatório de Gestão e Contas do Município de Paredes do ano 2022, por se manifestar contra o aumento de impostos, a diminuição do apoio social e às famílias, o aumento da Dívida para mais de 56 milhões e do Passivo que no total se aproxima dos 200 milhões.
A última Reunião da Câmara Municipal de Paredes teve como principal tema o Relatório de Gestão e Contas referente ao ano de 2022 que mereceu o voto contra dos vereadores do PSD, que assim demonstraram o seu descontentamento para com a atual situação financeira do município, não obstante os paredenses terem durante o ano em questão suportado uma carga fiscal num nível nunca antes visto.
As contas apresentam um resultado de -2,443 milhões de euros (o que representa uma degradação de 6,45%), apesar do aumento face ao ano anterior, de impostos de 15,462 milhões de euros e da descida das Prestações Sociais de 5,74% face a 2021 e das Transferências para as Famílias de 5,92%.
A receita com o IRS que coube ao município aumentou 7,57% para 2,183 milhões de euros.
As Despesas Correntes aumentaram na ordem dos 8 milhões de euros e o valor recebido referente à Transferência de Competências é da ordem dos 7 milhões, pelo que há aqui um aumento das Despesas Correntes de cerca de 1 milhão de euros que não pode ser justificado com a Transferência de Competências.
As taxas de execução foram baixas (inferiores ao valor de referência de 85%), tendo a taxa de execução da receita ficado pelos 78% e a da Despesa de 76%, o que confirma os nossos alertas para o facto de o Orçamento ter sido empolado. Basta ver a rubrica de receitas com Ativos Financeiros de 8,572 milhões de euros que teve uma execução de 0%.
A Dívida Total de 2022 atingiu o valor de 55,956 milhões de euros. Tanto se falou da ingovernabilidade do Município quando a dívida em 2017 era de 50 milhões, o que dizer agora que é bem superior?
Alarmante também é a situação dos passivos contingentes de cerca de 100 milhões de euros.
O Relatório de Gestão e Contas nada refere acerca do IVA da indemnização do resgate do contrato de concessão da Be Water. Mesmo considerando, e assim o esperamos, que se vai ficar pelos 21 milhões de euros, estamos a falar de um valor significativo de quase 5 milhões de euros.
Em suma, a Câmara de Paredes cobra impostos como nunca, diminui as verbas do apoio social, aumenta a dívida para mais de 56 milhões e um passivo que no total se aproxima dos 200 milhões de euros.”
Ricardo Sousa
Presidente da CPS do PSD Paredes