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Paços de Ferreira: PSD e PS trocam acusações acerca de favorecimentos em freguesias

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O PSD e o PS de Paços de Ferreira trocaram acusações acerca de supostas desigualdades no tratamento das freguesias do concelho.

A troca de palavras teve início quando o PSD divulgou um comunicado referindo que tinha votado favoravelmente “a proposta de reforço financeiro à freguesia de Ferreira, destinada à aquisição de terreno, elaboração de projeto e construção de um novo cemitério paroquial e ecoparque”.

Os Sociais Democratas afirmaram, na mesma nota, que o mesmo ideal não tem sido respeitado pelo atual executivo municipal de maioria PS, tendo como exemplos os “pedidos legítimos de outras juntas de freguesia que foram ignorados ou rejeitados, muitas vezes sem qualquer explicação”, condenando a atitude “inaceitável” do executivo da Câmara Municipal, revelando “um obstáculo grave à coesão territorial”.

Em resposta ao comunicado do PSD, nas redes sociais, o secretariado da comissão política do partido socialista de Paços de Ferreira lamenta a preocupante “dualidade de comportamento” do líder do PSD, uma vez que quando foi “presidente da junta da freguesia de Paços de Ferreira, defendia com fervor que apenas a freguesia de que foi presidente deveria receber verbas da câmara, alegando que era a única que servia todos os munícipes”. Reiterando ainda a insistência de que “a cidade de Freamunde devia ser ignorada dos investimentos a realizar por parte da Câmara Municipal, num pensamento persecutório totalmente inaceitável para com a população de Freamunde”.

Contactado pelo Jornal Emissor, Alexandre Costa, Presidente do PSD de Paços de Ferreira, reforçou o comunicado inicial afirmando “que a posição do PSD relativamente ao reforço financeiro atribuído à freguesia de Ferreira foi favorável”. Declarando ainda que na última reunião de Câmara os Vereadores do PSD “identificaram as juntas de freguesia de Meixomil, Seroa e Frazão Arreigada como exemplos de casos em que foram apresentados pedidos semelhantes ao que agora foi aprovado, mas que, injustamente, não tiveram resposta favorável” por parte da maioria socialista.

O Jornal Emissor contactou também os presidentes das freguesias de Paços de Ferreira, Meixomil, Frazão Arreigada e Seroa no sentido de obter algumas declarações sobre o assunto exposto pelo PSD.

O Presidente da Junta de Frazão Arreigada, Joaquim Sérgio Gomes, afirmou a sua solidariedade com a freguesia de Ferreira e de todas as outras do concelho, de receber verbas, contudo gostariam de ter igualdade de oportunidades para a aprovação de verbas para projetos, já que, segundo o Presidente da JF de Frazão Arreigada, conseguiriam fazer intervenções no auditório de Frazão, nos cemitérios de Frazão tanto como de Arreigada, ou várias intervenções na rua da freguesia.

Já Constantino Barros, Presidente da Junta de Freguesia de Paços de Ferreira, pronunciou-se acerca da equidade de tratamento de freguesias por parte do executivo da Câmara Municipal, afirmando que por diversas vezes a junta tem as próprias ações de intervenção limitadas por parte da Câmara que alega já ter projetos planeados para essas intervenções. Alertando também para o estado do cemitério municipal de Paços de Ferreira, que se encontra “pelas costuras”, do qual o executivo tem conhecimento.

O Presidente da Junta de Freguesia de Seroa, Rui Barbosa, reiterou que continua a defender o mesmo posicionamento de 2022, aquando da aprovação da primeira verba para a construção do cemitério da freguesia de Ferreira, onde apesar de terem votado favoravelmente, emitiram uma declaração de voto onde defendiam o tratamento igualitário de todas as freguesias do concelho, visto que a sua freguesia já tinha feito também um pedido de aprovação para o alargamento do cemitério de Seroa, que viu negada.

Já o Presidente da Junta de Meixomil, Serafim Leal, mostrou a sua indignação para com a igualdade de tratamento das freguesias por parte da Câmara Municipal, afirmando que apesar da freguesia a que este preside fazer grandes investimentos com o limitado orçamento que possui, quando é necessário pedir ajuda da Câmara para novos projetos ou a finalização daqueles que já decorrem, não obtêm resposta nem uma explicação por parte do executivo.

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