OpiniãoA unidade de esquerda faz-se com políticas de esquerda

A unidade de esquerda faz-se com políticas de esquerda

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O Bloco de Esquerda tem um compromisso sério com o progresso do país, que passa por melhores condições para os trabalhadores e reformados e também pela melhoria dos serviços públicos, em especial do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Mas não podemos fazer esse caminho sozinhos. Se o fizéssemos, ficaríamos acantonados e irrelevantes, como a Direita nos quer. Por isso, temos de fazer convergências com o PS.

O PS é um partido que há muito defende o sistema capitalista, mas que se diferencia dos partidos de direita porque tem algumas preocupações sociais. É precisamente neste plano que é possível conjugarmos esforços com o PS, no sentido de melhorar os apoios sociais, proteger os direitos laborais e apoiar os serviços públicos.

Ou seja, o PS apoia algumas questões sociais com o objetivo de amenizar o capitalismo e assegurar uma base eleitoral, enquanto que, para nós, as reivindicações sociais e laborais são um primeiro passo para alcançar o nosso objetivo estratégico, que é a construção do socialismo.

Por isso, podemos suportar um governo do PS que esteja disponível para acolher as nossas propostas de ordem laboral e social, com um acordo escrito, mas não abdicaremos de fazer oposição a todas as medidas do PS que favoreçam os ricos, em prejuízo dos mais pobres.

Além disso, é essencial reforçar os serviços públicos.

Temos assistido a uma debandada de muitos médicos para o setor privado da saúde, porque o governo não oferece aos médicos os mesmos incentivos que os privados lhes oferecem.

Paralelamente, o estado desvia fortunas para o setor privado, para este efetuar serviços que poderiam perfeitamente ser feitios pelo SNS.

Por isso, é muito importante apoiar substancialmente o SNS, mas o PS não o tem feito, para não afrontar os seus próprios interesses, pois há muitos militantes destacados do PS com bons empregos no setor privado da saúde. Os privados oferecem esses empregos ao PS, precisamente para que o PS os continue a defender o negócio que os privados fazem com a doença dos portugueses.

Para derrotar a direita no próximo dia 30 de janeiro é preciso haver unidade à esquerda, mas que essa unidade tenha substância é preciso implementar verdadeiras políticas de esquerda, que defendam os mais desfavorecidos.

É muito importante recuperarmos o espírito da «geringonça», que devolveu a esperança ao país, depois dos anos sombrios em que fomos desgovernados pela malfadada dupla Passos-Portas.

Só dando mais força à Esquerda, poderemos sonhar com um futuro mais risonho para os portugueses.

A história diz-nos que sempre que o PS governou sozinho esqueceu-se de aplicar políticas progressistas. Estas políticas só foram reais quando o PS fez um acordo escrito com a Esquerda, em 2015.

Infelizmente, a «geringonça» ficou condenada, logo em 2019, quando o PS se recusou a renovar um acordo escrito com a Esquerda. A partir daí o PS passou a governar como se tivesse maioria absoluta, desprezando as propostas dos seus parceiros da Esquerda.

Só com o reforço da votação dos partidos de esquerda poderá pressionar o PS a governar à esquerda.

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