OpiniãoAutocarros vs ferro velho

Autocarros vs ferro velho

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Era uma vez, um presidente de uma junta de freguesia que para demonstrar ao seu superior hierárquico como é que se procedem aos investimentos no setor da mobilidade, especificamente no que toca a autocarros, adquiriu uma viatura. Este importante investimento deveu-se a fornecer serviços de transporte de qualidade aos jovens da sua freguesia, por via das associações locais desportivas, e assim proporcionar deslocações de qualidade e conforto aos jovens desportistas.

Relativamente à mobilidade, sou completamente de acordo com investimentos de qualidade que salvaguardem os interesses das populações, nomeadamente no que toca aos autocarros, estes devem proporcionar viagens de qualidade, conforto e segurança aos munícipes.

Relativamente ao negócio em si e aos respetivos investimentos neste tema, há que considerar as questões legais em vigor, nomeadamente o processo de contratação pública – que desconheço por completo – neste caso em particular. Sendo certo que a aquisição aconteceu, coloco mais uma questão; onde está o autocarro?

Por motivos alheios a esta junta de freguesia, o autocarro não pode ser usado, uma vez que a empresa que o vendeu entrou em processo de insolvência e este meio de transporte faz parte da massa insolvente dessa empresa. Ora, a nova questão que coloco também é simples; foi cumprido o processo de contratação publica? Se foi, o mecanismo de salvaguarda nestas situações fará com que a freguesia seja indemnizada, uma vez que pagou um equipamento que não possuiu.

Mas, como se não bastasse, a mesma junta de freguesia, como não viu o seu problema solucionado e os jovens continuam a não ter transporte para as suas deslocações, de forma a resolver este problema, encetou contatos para adquirir um ‘novo’ autocarro.

Continuo sem conhecer os tramites da contratação pública do bem (o autocarro). Num dos meus passeios pelo concelho verifico que o dito ‘novo’ autocarro, encontra-se já com aspeto de abandonado total, sujeito às intempéries e aos amigos do alheio, verificando-se que já faltam alguns equipamentos do seu interior. Fiquei ainda com dúvidas que este ‘novo’ veículo tivesse o motor idêntico ao do autocarro anterior, quem nunca chegou.

É do meu entendimento que os presidentes de câmara, são, ou deveriam ser, os ‘professores’ dos presidentes de junta (principalmente do mesmo partido político), assim o é hierarquicamente, mas infelizmente constato que há presidentes de junta de freguesia que têm muito para aprender com os presidentes de câmara. Não podia terminar este pequeno relato, sem deixar de questionar quem é o responsável por tamanha irresponsabilidade, assim como pela aquisição desta frota de autocarros que até ao momento a população não usou?

Onde estão os responsáveis autárquicos quando é necessário assumir a responsabilidade? Onde anda a oposição para também esta assumir a sua quota parte de responsabilidade na fiscalização?

Gostaria de assistir publicamente uma justificação plausível sobre o motivo que leva à não existência meios de transporte coletivos para os nossos jovens desportistas.

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