Já certamente se questionou sobre o porquê do surgimento dos movimentos de cidadania? Não vou demorá-lo com o meu ponto de vista e desde já afirmo que acredito se deve ao facto de haver cada vez mais conhecimento na sociedade.
Com efeito, é da consciencialização e do conhecimento das sociedades que nascem os movimentos de cidadania, como forma alternativa de organização e de motor desenvolvimento.
O quadro pluripartidário existente acaba por não dar resposta às necessidades atuais e cria muitas vezes descrédito perante os padrões dos nossos dias. Sem qualquer demérito por todos os que nos trouxeram a democracia até hoje, e com um especial obrigada a todos os que por ela se bateram, facto é que a democracia se constrói em cada dia e tem de ser a resposta.
Hoje, com as premissas de uma sociedade global e colaborativa, de uma transparência que exige informação em direto, de uma preocupação com o futuro que deixou de ser sentida para passar a ser vivida, a resposta de governação tem de ser diferente das políticas instaladas.
A consciência de que o importante é que todos se sintam envolvidos e acolhidos nos seus territórios, e que estes territórios são, no seu todo, uma herança que temos de deixar bem melhor do que a encontramos, traz também responsabilidades acrescidas e necessidade de fazer mais e melhor!
Traz uma necessidade de intervenção social e de evolução com uma clarividência inequívoca que só me é mais fácil explicar através das palavras do Prof. Carlos Brito no DinheiroVivo há dias: “O nosso grande problema não é falta de gente competente. O nosso grande problema é ter demasiada gente incompetente em lugares onde isso nunca deveria ocorrer. Mas aí a culpa não é dos incompetentes – é nossa, de todos os Portugueses, que, ao aceitarmos a incompetência com demasiada facilidade, não somos “impiedosos com os malandros”.
Não posso por isso ficar indiferente perante as vozes de sempre que, na imprensa local e nacional, se manifestam cegas perante o elefante na sala! Isto é apenas mais do mesmo: a base instalada tenta ignorar a mudança pelo medo que esta provoca, e por isso diz pouco esperar de conquistas dos movimentos de cidadania nos resultados das próximas autárquicas.
De facto, só os audazes olham para a mudança de frente e a consideram um aliado. Os demais, como diz a história, ficarão em terra a praguejar contra quem se supera! Haverá sempre velhos do Restelo espalhados pelo país, e aqui em Paredes não é exceção. Mas a história é sempre escrita pelos audazes que partem rumo a mais e melhor… E não vale a pena ignorar: a cidadania vai mudar Paredes!
Ana Castelo,
Candidata à Câmara Municipal de Paredes pelo Movimento Juntos Por Paredes, Nós Cidadãos e Aliança