Seria de esperar que pela sua beleza natural e pela abundância de razões para dele gostar, seria fácil enraizar e plantar futuras gerações em Portugal, e fazê-las orgulhosas aos olhos do mundo. Ao invés disso, após tentativas falhadas e cansadas repetições, pouco mais temos no nosso país que uma floresta morta, um país envelhecido pelos anos de duro trabalho e fracas recompensas.
As gerações mais velhas que arduamente trabalharam para deixar as bases de uma nação mais próspera, lentamente se apercebem que não resta a quem passar o manto. Os jovens, frustrados pela falta de valorização, migram à procura de um futuro mais promissor, proporcionado em grande parte pelos países liberais da Europa, e pelos seus congéneres mundo fora.
Lentamente acordamos para a realidade de que em breve seremos um país fantasma, envoltos pelos escombros da governação socialista à qual estamos tão habituados, e que pouco ou nada faz para manter os nossos mais novos cá dentro. Como povo, parece faltar-nos o impulso de querer fazer melhor e de querer inovar de formas que realmente importem e acrescentem valor, assim como falha a motivação para continuar a desbravar os obstáculos no caminho da prosperidade das gerações futuras, com esperança em melhores dias.
Enquanto permanecemos estagnados, sem crescimento económico, sem verdadeiras melhorias sociais e limitados nas nossas liberdades individuais devido ao contexto pandémico, propõe-se uma pequena reflexão:
O que é que o nosso país não tem, que é oferecido pelos outros? Serão os salários mais altos, e a melhor qualidade de vida, proporcionados por reduzidas cargas fiscais? Será a qualidade dos serviços públicos, desburocratizados, descomplicados e mais eficientes? Ou será o acesso à habitação de qualidade a preços justos e sem que seja necessário dar a volta a todo um sistema que inibe o investimento jovem (quiçá, propositadamente)?
O verde da nossa bandeira vai perdendo lentamente a cor, à medida que a esperança se vai apagando nas mentes dos portugueses – mas permanece uma réstia que pode ainda ser resgatada na condição de que juntos, como um só e remando o barco para o mesmo destino, pensemos e encontremos respostas para estas questões que impedem uma nova geração de construir a sua vida aqui.
Como podemos pedir aos jovens para ficar dentro das nossas fronteiras, se permitirmos que esta casa comum seja lentamente consumida por um Estado inchado, sedento de controlo e autoridade, num delírio de poder proporcionado por décadas de governação sem controlo nem escrutínio?
Enquanto outros partidos prometem mundos e fundos (e no fim só deixam buracos), a proposta liberal é simples: nos próximos 4 anos, estaremos prontos para ser verdadeiramente diferentes e dar aos nossos futuros engenheiros, cientistas, e todos os que aí vêm, as ferramentas para moldar um mundo melhor, a começar pelo nosso pequeno canteiro.
Luís Pinto
Membro da iniciativa liberal de Valongo