– Comunicado –
“Câmara compra edifício da Cooperativa Fonte de Mel. Paulo Portela, vereador do PSD, questiona o porquê da aquisição e quer que sejam esclarecidas eventuais suspeitas de favorecimento político.
O vereador do PSD, Paulo Portela, questiona a aquisição das instalações da Cooperativa Fonte de Mel, por parte da Câmara Municipal , anunciada recentemente em reunião do Executivo Municipal, por entender que não estão claros os motivos da compra e os objetivos finais para a sua utilização pela comunidade. “Gastar 149.500 euros do erário público numa transação que não se percebe a utilidade nem a mais-valia para os Baionense, coloca-me muitas dúvidas… e creio que é necessário esclarecer a transparência do negócio e afastar qualquer suspeita de favorecimentos políticos, dado que esta instituição desde a sua constituição tem, e continua a ter, muitos dos seus dirigentes ligados ao partido Socialista de Baião, das mais diversas formas”.
Paulo Portela recordou em reunião de Câmara que quando era presidente da Associação Empresarial de Baião (AEB) em finais de 2017 inicio 2018 numa conversa privada com uma fonte próxima da referida cooperativa tentou adquirir as instalações da Fonte de Mel para a Associação Empresarial e, na ocasião, foi-lhe transmitido que “os valores de venda seriam sempre entre os 90 e os 100 mil euros, uma vez que esse era o valor das dívidas da Cooperativa Fonte de Mel uma grande parte aos seus dirigentes”. “Foi-me dito que o valor da venda seria para pagar essas dívidas, valor que achei logo um absurdo dado a quantidade de obras que era necessário fazer», disse Paulo Portela.
Em reunião do Executivo Municipal, após ouvir da boca do presidente da Câmara, Paulo Pereira, que «já tinha sido formalizada a aquisição pelo valor de 149.500 eur » das instalações da Cooperativa Cultural de Baião-Fonte do Mel, o vereador do PSD, revelou que, na qualidade de vereador, iria transmitir à concelhia do seu partido (PSD) os contornos do negócio «para que, se assim o PSD entender, os faça chegar às entidades competentes para averiguação da sua legalidade».
Para Paulo Portela «as pessoas têm de perceber que o negócio tem todas as condicionantes para eventualmente ser eticamente reprovável».
Na reunião de Câmara o vereador do PSD deixou ainda um apelo, em forma de conselho, aos diretores de Associações e IPSS do concelho: «não estejam preocupados em gerir bem financeiramente as suas instituições, façam atividades, façam obras, compras, criem empregos de favor, pois quando as vossas instituições não tiverem forma de resolver os problemas financeiros basta terem um imóvel, vendê-lo à Câmara Municipal e o problema está resolvido”. “No fundo, é esta a mensagem que estamos a passar com este negócio da compra das instalações Fonte de Mel», atirou Portela.
Indignado com o negócio, o vereador do PSD recordou que «a Câmara» alega que «não tem dinheiro para remodelar um piso sintético de uma Associação ou para colocar um piso sintético novo noutra associação ou ainda para ajudar uma IPSS com ordenados em atraso, mas para este negócio que pode assumir contornos de favorecimento político já há dinheiro…será isto que os Baionenses querem?»”