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Defensores do estado de direito, da liberdade económica, da democracia, do mérito e claro da liberdade individual, incluindo a de ser o eterno esquisitão que, não sendo de esquerda, acha que pode ser pela democracia, todas as épocas históricas são interessantes para ser liberal. No entanto, hoje em Portugal, liberalismo “é fruta do pomar da neofobia”.

Liberal não existe sem prefixo ou conotação: neoliberal, ultraliberal, capitalista, antidemocrata, proto-fachista, beto, rico, explorador dos pobres, contaminador de ideias imperialistas, americanas, obviamente. De repente, na nossa nação a “abrir caminho a uma sociedade socialista”, como tão claramente a constituição vaticina, tudo ficou muito mais interessante com a frescura da guerra ideológica polarizada entre os liberais e as extremas destras e canhotas.

Como se no resto do mundo ocidental não existissem desde sempre, tais excêntricos da política. Como se o estado de direito, pela primeira vez conquistado em Portugal, o não devesse aos liberais do início do século XIX. Não fosse o arrebanhado lusitano tão avesso a estudar a história inteira, e tão propenso à memória selectiva, e o entendimento do que ao liberalismo concerne seria em tudo bem mais familiar, nada neo, ultra, proto ou anti. Como aquele irmão saudoso, que após alguns anos de contacto à distância volta a casa e alguém lhe diz: “Estiveste tanto tempo fora! Agora o que queres daqui?” Deve saber mesmo bem ser transformado num pseudoirmão, neoesquecido, proto-mendigo, ultra-rejeitado na família. Dados os devidos descontos a quem na família tem memória curta ou padece de Alzheimer, é quase a mesma coisa que ser só mano, porque na realidade o saudoso irmão é essencialmente o mesmo, só a opinião sobre ele é que se encheu de preconceito e desconfiança.

Foi assim que coexistindo na mesma proveitosa “pax americana”, houve partidos de memória torcida, que julgando ser donos da liberdade, estiveram empenhados desde sempre numa vozearia destravada contra os liberais, que agora intitulam de exploradores do povo que querem implantar a “ditadura do grande capital”. Como se por cá existisse o “grande capital” e os “papões neoliberais” fossem o novo Adamastor.

Verdadeiramente extraordinário é ser ucraniano, liberal, defensor da liberdade, num país ocupado por um, esse sim, imperialista, em 2022. Mas não menos quanto ser ucraniano no tempo da ocupação russa do tempo dos Czares, da grande fome do Holodomor provocada por Estaline, da resistência à invasão nazi ou da “Cortina de Ferro”. Não haverá à face da Terra povos mais fustigados pela história do que o hebraico e o ucraniano, que curiosamente são o sangue que corre nas veias de Volodymyr Zelensky. Não sei se é só coincidência, mas sempre que analiso a história encontro as mesmas neopatacoadas, proto-falaciosas, autojustificadas para as mais hediondas investidas e ultra bem-intencionadas guerras, de absolutos tiranos avessos aos liberais, onde quer que eles estejam. Haverá sempre quem faça cair a máscara de quem os defende e sempre quem corajosamente os enfrente no campo de batalha.

André João

Membro IL Valongo

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