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De uma forma resumida, podemos definir o urbanismo como uma disciplina que tem como objetivo operacionalizar a melhoria dos espaços públicos de uma forma estética, provocando a melhoria da qualidade de vida efetiva da sociedade, transmitindo segurança, conforto e estética às populações. Paços de Ferreira não foge à regra, e por consequência da implementação das regras de urbanismo em vigor na cidade, e acima de tudo por opções políticas, hoje, verificamos aquilo que alguns arquitetos chamam de “escarros” ou “abortos” a serem construídos de uma forma menos ordenada e pouco ‘urbana’, de uma forma geral em Paços de Ferreira.

Poderia rapidamente destacar edifícios construídos em cima de um rio, outros que por uma questão de ‘volumetria’, são aos meus olhos e de muitos arquitetos, atentados à urbanidade da cidade. Destaco ainda, eventualmente os ‘loteamentos’ pagos por todos os cidadãos, criados em quintinhas, obrigando à pavimentação de estradas ‘gémeas’, à medida, fábricas e armazéns em construção no centro do tecido urbano, junto às principais artérias de circulação, sem qualquer preocupação pelo meio ambiente ou zelo pelos interesses da urbanidade coletiva.

Paços de Ferreira, no que a este tema diz respeito, está a sofrer graves golpes na implementação da estratégia atual do ordenamento do território. Os atuais responsáveis autárquicos, deveriam acautelar também a construção de fábricas e armazéns nas principais artérias do concelho de Paços de Ferreira, obrigando a deslocação destas unidades industriais para onde devem estar, nas zonas industriais do concelho. Também aqui, não faz sentido termos várias zonas industriais, não pode existir um ‘chafariz em cada freguesia’ ou um “parque de lazer” em qualquer esquina. Não me parece que estas construções privadas desenfreadas tragam algo de vantajoso ao concelho de Paços de Ferreira.

Neste momento, verifico a olho nú, um desordenamento do território completo na cidade, casas no meio dos armazéns/fábricas e apartamentos/moradias, em cima dos rios.  Estes investimentos privados, por muito meritórios que sejam, trazem com certeza vantagens aos promotores imobiliários, nomeadamente o lucro pela venda de imóveis altamente especulados. Com esta política de ordenamento do território será apenas um sonho ao alcance de muito poucos viver em Paços de Ferreira.

No entanto, os responsáveis políticos em Paços de Ferreira têm isso em mente, e por este motivo, deixam-nos a opção de viver bem, noutras cidades.

Infelizmente, não está a ser acautelado o interesse da população e o valor que estes imóveis serão colocados no mercado. Na sua grande maioria estes imóveis serão incomportáveis a uma grande parte das bolsas pacenses.

Quando sugiro a falta de estratégia pelo ordenamento do território, estou concretamente a referir-me aos fatores de proximidade, uma vez que são determinantes na captação de investimento direto estrangeiro, tão necessário para a criação de postos de trabalho qualificados no concelho, com salários dignos, que comportam os valores dos imóveis colocados no mercado à venda, atualmente, e num futuro próximo. Uma vez mais, infelizmente, estes empregos, hoje, são apenas uma miragem no concelho de Paços de Ferreira.

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