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Receita da Câmara Municipal de Paços de Ferreira quase triplica entre 2012 e 2021

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Quem assistiu aos debates municipais do concelho de Paços de Ferreira nos órgãos de comunicação social regionais, que desde já quero agradecer o profissionalismo e a isenção, verificou como eu, que há um candidato que o seu discurso roça a ‘agressividade malvada’, uma vez que usa um discurso ‘torpe’ que nada dignifica este concelho e as suas gentes. Este comportamento prejudica o raciocínio de quem está em casa, de quem quer e precisa de perceber o estado do nosso concelho.

Percebo que esta postura da interrupção e da provocação, pode ser uma estratégia para ‘escamotear’ o real estado da atual gestão autárquica, fazendo com que nós, os pacenses, ouçamos, e ouçamos, e ouçamos e fiquemos a perceber o mesmo.

É com este pensamento, do esclarecimento, que passo a clarificar algumas ideias que o candidato tentou passar aos meus vizinhos, os cidadãos do meu concelho, que na minha modesta opinião, representa um atentado à nossa inteligência.

Antes de qualquer raciocínio gostaria, desde já, de questionar como é possível que se ande a apregoar que o IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) está em valores mínimos e que a receita deste imposto aumente, contando com quase os mesmos imóveis, não terão terminado as isenções pelo efetivo desenvolvimento do passado, assim como todos pagamos um pouco mais?

Podemos de uma forma muito clara, com uma pesquisa mais aprofundada, perceber que por exemplo, no ano de 2012 em Paços de Ferreira, ainda governado por Pedro Pinto e o PSD, era cobrado em IMI 3.666.125,05€ (três milhões seiscentos e sessenta e seis mil, cento e vinte e cinco euros e cinco cêntimos).

Já em 2020, com o governo do executivo municipal em funções, apoiado por este partido socialista PS, que agora, pela 3ª (terceira) vez se submete a eleições, cobraram de IMI 4.920.073,23€ (quatro milhões, nove centos e vinte mil e setenta e três euros e vinte e três cêntimos), fazendo espelhar nas suas contas um aumento da cobrança deste imposto até 2020 de 1.253.948.18€ (um milhão duzentos e cinquenta e três mil, nove centos e quarenta e oito euros e dezoito cêntimos).

Assim, em apenas 8 anos “este PS” cobrou de IMI, mais 6.455.842,35€ (seis milhões, quatro centos e cinquenta e cinco mil, oitocentos e quarenta e dois euros e trinta e cinco cêntimos).

No que à evolução da receita cobrada por este executivo municipal, deste PS diz respeito, nos últimos 8 anos, parece-me, enquanto mero cidadão, que a nossa exigência deve ser muito maior para com quem lidera os nossos destinos. Ora pensemos.

Se em 2012 estávamos insatisfeitos porque a dívida municipal era grande 61M€ (sessenta e um milhões de euros), tínhamos um reequilíbrio financeiro pela concessionaria da água de 100M (cem milhões de euros), tínhamos a dívida da PFR ás costas de 50M (cinquenta milhões de euros).

Hoje, em 2021, continuamos com esses reequilíbrios nas mesmas costas, continuamos em tribunal com a PFR e a sua dívida de 50M (cinquenta milhões de euros), com a AGS de 100M (cem milhões de euros) do 1ª reequilibro e mais 60M (sessenta milhões de euros) da baixa do tarifário, e ainda a dívida municipal de 42M (quarenta e dois milhões de euros) com uma grande diferença, se a memória não me falha, nessa altura, em 2012, Paços de Ferreira liderava o desenvolvimento do Vale do Sousa, e agora?

Será a tentativa da saída da CIM do Vale do Sousa (Concelho Intermunicipal do Vale do Sousa) para que não se repare qual o verdadeiro estado do desenvolvimento de Paços de Ferreira?

Voltando à evolução da receita e aos ‘gastos’ que este executivo anda a fazer, por exemplo em relvados sintéticos espalhados de uma forma desordenada, quase de uma forma avulsa e a pedido. Embora seja totalmente a favor da melhoria das condições desportivas dos nossos jovens, principalmente na melhoria dos campos de futebol do concelho, não podemos nem devemos ter gastos a todo o custo, e só porque há eleições.

Mas estes ‘gastos’, fazem-me lembrar o executivo do PSD do passado, antes de 2013, quando cada presidente de junta de freguesia queria uma zona industrial na sua freguesia…, bem, já todos sabemos o resultado destas práticas. Mais à frente pagamos todos.

O gráfico em baixo demonstra de uma forma muito simplificada, mas fica óbvio quem tem ou teve mais dinheiro para gastar, entre o PSD do passado ou este executivo apoiado por este partido socialista PS, e de onde provem o dinheiro.

A receita arrecadada a mais por este PS face a 2012 foi de mais 36M (trinta e seis milhões de euros) que ultrapassa o valor da dita dívida deixada pelo PSD.

Deixo uma questão aos leitores: A receita cobrada ultrapassa a dívida deixada pelo PSD, então porque é que este PS em funções não líquida essa divida e por consequência, baixa o tarifário da água, por exemplo?

Uma vez que na explicação do gráfico anterior tentei abordar um pouco dos gastos efetuados por este executivo em funções, de seguida em baixo, fica transparente que em 2020, o executivo municipal do concelho de Paços de Ferreira, liderado por Humberto Brito, e apoiado por este partido socialista PS, gasta mais, cerca de 4.000.000,00€ (quatro milhões de euros), do que em 2012, no tempo de Pedro Pinto do PSD.

Fazendo referência ás mensagens e aos discursos nos debates políticos no nosso concelho, reparamos que há uma séria discrepância entre o que se diz pela boca fora e o que se faz efetivamente no terreno.

Em 2020, o executivo municipal do concelho de Paços de Ferreira, liderado por Humberto Brito, e apoiado por este partido socialista, até 31 de dezembro de 2020, em apenas 4 anos, contratou mais de 170 trabalhadores, aumentando os custos com pessoal para 8.884.086.25€ (oito milhões, oitocentos e oitenta e quatro euros e vinte e cinco cêntimos), anualmente.

Tendo em conta que uma das ‘bandeiras’ que levou às eleições deste executivo municipal e de Humberto Brito, novamente candidato, foi precisamente a redução do pessoal contratado pelo município, uma vez que à data, em 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013, dizia que não eram necessários tantos funcionários públicos e que havia pessoal em excesso, uma vez mais, rapidamente percebemos que não era assim.

Não deixa de ser curioso que apesar das críticas ao excesso de pessoal no passado e este ter sido um dos motivos que elegeram o atual executivo municipal, entre 2016 a 2020, este executivo liderado por Humberto Brito, conseguiu aumentar as contratações para o município em 50.29%.

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