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Tóquio: aqui vamos nós! #1

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Hoje o “Emissor” inicia uma rubrica que lhe fará companhia antes, durante e após os Jogos Olímpicos de Tóquio. Nesta primeira edição daremos conta, sumariamente, da história dos mesmos, centrando-nos nesta olimpíada em concreto, onde realçaremos as modalidades que se estrearão neste espetáculo bem como quantas terão representação nacional assegurada.

Os jogos Olímpicos, ainda que longe do formato que possuem atualmente, iniciaram-se no século VIII a.C., sendo que foram realizados em Olímpia, cidade da Grécia antiga, decorrendo em honra de Zeus, pai dos Deuses. Esse formato, bastante primitivo e pouco aberto ao exterior manter-se-ia inalterado até ao século VI d.C., altura a partir da qual passou a contar com maior número de participantes e fruto da mudança verificada nas sociedades de então, a ganhar cada vez maior relevo.

Tudo mudaria, quando em pleno século XIX o barão gaulês Pierre de Coubertin decidiu fundar o COI, Comité Olímpico Internacional, entidade que na atualidade se mantém como a organizadora do evento, que se desenrola de dois em dois anos, alternando a sua edição de verão, caso do ano vigente, com a de inverno realizada pela última vez em solo igualmente asiático, mais concretamente na Coreia do Sul na cidade de Pyeongchang corria o ano de 2018.

Decerto, os leitores menos familiarizados com esta temática acharão estranho o maior evento à escala mundial ir ter lugar num ano ímpar e cinco anos após a pretérita ocasião disputada no Rio de Janeiro. Este facto, ocorrido pela primeira vez na história da competição está, como não poderia deixar de ser, relacionado com a terrível pandemia de Covid19 que para além de ter adiado o evento por um ano tornará o espetáculo num dos mais atípicos de sempre, dado que a sua organização proibiu expressamente a presença de público no local. Quanto aos atletas estes estarão circunscritos a uma “bolha” em plena aldeia olímpica.

Refira-se que esta edição será a 32ª olimpíada da era moderna, altura a partir da qual os Jogos adquiririam a dimensão que aos dias de hoje ostentam, fortemente influenciada pelo destaque nos meios de comunicação social.

Para esta edição contaremos com 46 modalidades individuais e coletivas, entre as quais se realçam seis novidades que farão a sua estreia em solo nipónico, a saber: o skate nas vertentes street e parque, a escalada, o surf, o karaté e ainda o basebol do lado masculino e o softbol do lado feminino. Diga-se a esse respeito, que estes serão os únicos eventos a terem a sua representação a ocorrer com separação de género.

 

Os representantes lusitanos no país do sol nascente

De entre as modalidades constituintes do elenco e num evento que terá lugar entre os dias 23 de julho e oito de agosto, Portugal verá o seu contingente, um dos maiores de sempre em competições do género a contar com 92 atletas, distribuídos por 14 modalidades diferentes.

O número de atletas presentes em Tóquio iguala o record estabelecido em 2016. Saliente-se que 36 serão mulheres, mais quatro se comparando com os Jogos do Rio. A meta do chefe da missão lusa, Marco Alves, será bater o registo granjeado na pretérita edição, relembre-se a medalha única conquistada pela judoca Telma Monteiro que chegou ao bronze na categoria de -48Kg. A judoca dividirá com o triplo saltador Nelson Évora a responsabilidade de serem os nossos porta-estandartes na cerimónia de abertura.

Na próxima edição, referiremos quais as maiores esperanças a um tão ambicionado metal, bem como explicaremos em pormenor as quotas de participação atribuídas ao nosso país, explicitando quem e em que desportos será defendida a bandeira das quinas.

 

Até lá fiquem bem.

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