Em 2021 e 2022, a Rota do Românico organizou ou apoiou a realização de 250 eventos culturais, que contaram com mais de 45 mil espetadores.
Da música ao teatro, passando pela dança, circo contemporâneo, literatura, fotografia, exposições e visitas guiadas ficcionadas, foram múltiplas as expressões artísticas promovidas pela Rota do Românico para todas as idades e públicos, nos seus monumentos (42%) e noutros espaços e equipamentos culturais dos vales do Sousa, Douro e Tâmega.
Metade dos eventos foi coorganizada com outras entidades da região, no âmbito do Festival Inventa, com a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, a Associação de Municípios do Douro e Tâmega e os Municípios de Cabeceiras de Basto, Mondim de Basto e Penafiel. Abrangeu 14 atividades programáticas nucleares, conectadas entre si e descentralizadas pelos 14 municípios parceiros da rede.
Oitenta eventos (30%) foram dinamizados de forma autónoma pela Rota do Românico. Entre eles, o projeto “Ver do Bago” merece particular destaque. O ciclo de três exposições temáticas, que teve como cenários o Mosteiro de Ancede (Baião), a Igreja dos Capuchos (Penafiel) e o Centro de Interpretação do Românico (Lousada), celebrou a relação material e simbólica entre a vinha e a paisagem cultural e humana do território da Rota do Românico. O projeto foi ainda valorizado com outras iniciativas artísticas complementares, com realce para o Festival Ver do Bago, que reuniu no parque da Torre de Vilar (Lousada), na tarde do passado dia 26 de junho, quase 200 intérpretes e mais de 500 espetadores.
Pelo envolvimento de artistas locais, amadores e profissionais, salientamos também o ciclo de concertos “Requiem, de Mozart”, com 120 intérpretes em palco (Banda de Música da ACML, Coro Feminino CVS, Coro Audivi Vocem e Vocal Art Ensemble); os espetáculos “Pedras de memória” e “Seis conselhos para um rio”, pela Jangada Teatro e Teatro do Montemuro; e, ainda, os recitais de poesia e música protagonizados por Fernando Soares.
O projeto “Cuidadores do Património da Rota do Românico”, pelo seu carácter inédito, merece igualmente referência. Uma exposição fotográfica itinerante e um livro de fotografias, da autoria de Luís Barbosa, foram algumas das materializações do mesmo.
A Rota do Românico, através de apoio logístico e de comunicação, associou-se ainda à realização de mais de quatro dezenas de outros eventos, promovidos por instituições da região.
A maioria dos eventos (82%) foi cofinanciada por fundos comunitários, no quadro do Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através das operações “EEC PROVERE Turismo para Todos: Valorização, dinamização e promoção turística da região: Ação 3 – Rota do Românico”, “O Vinho, a Arte e os Homens”, “Cultura em Rede” e “Escrita em Cena”. A operação “Heritage Carers” [Cuidadores do Património] foi cofinanciada pelo Conselho da Europa e pela Comissão Europeia.
Os 250 eventos promovidos nos dois últimos anos pela Rota do Românico dão continuidade aos 300 realizados até 2020, contribuindo, assim, para o reforço da dinamização do turismo cultural, para a descentralização da oferta cultural, para a formação de novos públicos, para o envolvimento das comunidades e para a sensibilização e educação para o património.
A Rota do Românico é um projeto turístico-cultural, que reúne, atualmente, 58 monumentos e dois centros de interpretação, distribuídos por 12 municípios dos vales do Sousa, Douro e Tâmega (Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende).
As principais áreas de intervenção da Rota do Românico abrangem a investigação científica, a conservação do património, a dinamização cultural, a educação patrimonial e a promoção turística.